quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Meu aniversário passou, eu to enlouquecendo com os vestibulares...
Não postei nada nos últimos dias...
Estou hoje só avisando que ano que vem tem mais...
Muito mais...
Quem sabe até lá não tenha recebido meus presentinhos???

Quem sabe até lá tudo que é ruim tenha ido embora... pra bem longe!
Veremos no próximo capítulo...
E quem sabe não posto antes de ir pro hotel???
Aliás to ansioso...
Amo aquele lugar...
Com medo!
Quem mandou ser bobo???
Bom...
Feliz Natal...
... Ano Novo...
Etc...

Seja feliz!

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Conto de fardos (pesados em alguma medida desconhecida)

Era uma vez, um rato. Ele se alimentava de lixo. Ele vivia no lixo. Um dia, uma criança cega pegou o tal rato para cuidar dele. Tratou-o como Hamster, deu ração de Hamster. Deu o nome de Bolinha. Deu uma casinha pra ele. Deu tudo que ele podia querer. A mãe do menino viu o rato. Ficou brava, mas não contou a verdade. O menino sonhava com a imagem de um lindo Hamster. O rato era feio. Mais feio que todos os outros. O rato era podre. Mas o menino cego queria fazer do ratinho o mais feliz. Um dia a noite veio. O rato fugiu. O menino chorou. O rato voltou. E trouxe com ele milhares de ratos. A mãe desesperada, espantou os ratos. Eles levaram tudo. A mãe ficou firme. Outras coisas ganhariam.
O menino cego aprendeu.
Era outra vez um gato. Ele cantava nos muros. Ele vivia nos latões de lixo, assim como o rato. Ele se alimentava de ratos. O menino pegou o gato pra cuidar da casa. Imaginou um lindo gato, um persa. Era um velho e doente gato. O gato comia ratos. Defendia a casa. Tinha tudo do bom e do melhor. A mãe ficou assustada com o "Monstrogato", mas não disse nada. Um dia o gato foi embora. Ao voltar, tinha milhares de amigos. O menino tinha aprendido. Tinham milhares de cachorros esperando na porta da casa. Cachoros e gatos invadiram juntos a casa do menino. Até os ratinhos aproveitaram a situação. A casa do menino estava mais vazia do que nunca.
O menino cego aprendeu de novo.
Era a vez da vez. Às vezes o menino chorava. Cego, tateava na escuridão em que vivia uma solução. Não teria mais animais. Arrumou um amigo cego. Ambos brincavam felizes. Ambos se divertiam muito. Eles faziam tudo juntos. Até que um dia na escola, conheceram uma linda menina. Meu Deus, e como era linda! Até a mãe do menino se impressionou. O menino cego era bonito. Seu amigo não. A menina gostou do menino. De seu amigo também. A menina ficou com o amigo. Que sorrindo tomou do menino o que foi seu amor. O seu único. O menino chorou. Os ratos levaram ainda mais, os cachorros uivavam feito lobos, e os gatos comiam as borboletas. Os passarinhos jogavam fezes na casa do menino. A mãe olhava. O menino imaginava. A mãe descrevia a situação. O menino sorriu. Só devia ser uma brincadeira do mundo. Não era.
O menino cego cansou de aprender.
Era vez do menino. Ele se cansou. Mudou de casa, mudou de vida. Enchergava a alma que ele tinha. Era bom, o menino. Era o menino, o bom. Era, e era. Sem espera, foi viver longe. De si mesmo. Perto da sua escuridão. De suas vontades, De suas inverdades. De sua solidão. Perto de si, fora de órbita, longe da sujeira do mundo real.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

O Quarto Poder

Desequilibram o mundo, vossos senhores de fogo. Aquelas criações artísticas queimam, em poucas palavras, nossa utópica calmaria. Entra em nossa casa e nos amaldiçoa com a repetição fúnebre, o desgosto estético e o caráter medíocre da informação. Além disso, pensa por nós o quarto poder. O cérebro, ao qual não tenho mais controle, tenta assimilar as novas tendências tão bem elaboradas por quem pensa, ora, nesse país. E o que se entende é o que se emite, nós da prole, seja qual for esse entendimento. Reproduz-se em ônibus e padarias desse mundo, trechos e textos sem contextos. Vai assassinar, criar assassinos, quem vos conto, trazer a hipnótica diversão. Aquela que derrama sangue, lágrimas, sonhos.
O circo da vida está armado e vós, palhaços desconexos e descontentes, sois a principal atração. Você, analfabeto funcional, ou todos nós, órfãos midiáticos, somos a soma sombria, de fato(s). Fomos adotados pela "comoção ao vivo da verdade informativa", e agora, com nossos modernos aparelhos celulares , somos nós que batemos a fotografia que tanto ansiávamos da fúnebre heroína. Não descansam nossos mortos e ao lado de seus caixões, choram desconhecidos.
Mas pelo que choram? Pela sociedade? Ou como choramos nós, ao final de um belo filme, cuja última cena é o tiro fatal que mata o protagonista?
Eu não sei mais dizer, assim como vós, o que é real.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Centavos

Os centavos de hoje serão a gorjeta de amanhã...
Os centavos de hoje serão a esmola de sempre...
Os centavos de hoje serão o que sempre foram...
A parte do todo que tanto te consome...
Por mais uma conta não paga...
Tens o que comer...
Tens a saúde...
Portanto, chega disso!

O nada em que se encontram eu e minhas coisas

Queria dizer que as coisas tão indo bem. Sobre a forma tratada por todo tipo de gente, me encontro sim em um momento de pureza e limpeza da alma. A glória suprema da luta infinita. Mas minha ansiedade me faz desmentir toda essa baboseira. Chega de me enganarem com as promessas de que um dia tudo vai ser bom. Serei assim, e nada vai evoluir. As coisas que dizem ser aprendizados não passam de formas prá não me fazer desistir de nada. Daqui em diante não vou procurar mais perfeição em nada. O que me derem vai ser bom, o que conseguir, o bastante. Não nasci pra ter muito mais que isso não. Sou aquilo que tenho que ser, a mediocridade em forma de um rapaz que acredita de verdade que ainda vai ser alguém na vida. Olhe em sua volta meu menino, e me diga se vê alguém vencendo, além daqueles que nasceram vencedores, no verdadeiro sentido que essa palavra tem, sempre teve e sempre terá. De acordo com as novas tendências financeiras, aqueles que tem o poder tem a chance de fazer todo tipo de cagada possível, enquanto você que acerta, irá literalmente se fuder. Achará tudo lindo e acordará com a verdade inscrita na face suja. O sonho vai ser só isso, e nada mais vai ser verdadeiro. A mediocridade partiu de ti, procurou e aceitou isso o tempo todo.
Por que a luta? Pra que tudo isso?
Portanto vou tentar ser feliz. Me divertir de maneiras diferentes e ir me consumindo aos poucos. Pra ver se assim consigo ter a felicidade que tu tens. Que todos que assim fazem tem. Chega dessa histórinha de menino lutador, de gente que não desiste. A vida ainda não te ensinou quem manda?
A prole é prole. Não existe subida nessa escada. Surgiste assim, aproveite o que tens. Não falo de grana, falo de não ter mais o que amar e me amarrar a qualquer coisa. Falo de auto destruição sem nem ao menos tocar num mero tóxico. E nem em alucinógenos. E em nada que todos me mandam tocar, fingir, fugir. Andando no limiar entre o fundo do poço e a poça de espinhos, me sinto na lama. Querendo provar, provar do que tenho, e ouvindo, "você é um artista". Ou seja, "nasceste para se fuder meu querido! Tem utopias demais, tem sonhos demais, acredita demais nos outros, acredita que existe amor, felicidade, essas doidices... Por isso riem de você, te usam como brinquedo, te jogam no lixo todo dia!"
Não sejemos extremistas, não é verdade?
Não seremos nem ao mesmo a metade do que queremos, e isso se quisermos pouco?
Eu queria te dizer uma vez na vida o que sinto. Queria mesmo me acabar em mais uma noite, em luais ao pé do mar falando mentiras e contando devaneios. Queria ser o artista que dizem pra fingir a dor que deveras sinto, parafraseando alguém aí.
Me abri para o mundo, e ele me mostrou o que acontece com essa raça sentimental e escrota.
Me abri com as pessoas, me chamaram pra sair como isso era a moda, e depois me jogaram fora: a moda era outra.
Você não é mais aquilo, nem é mais nada.
É aquilo que nunca foi com um pouco do que sonhou.
Essas idiotices de quem ama...

terça-feira, 23 de setembro de 2008

A dança da era

Na manhã, pela tarde se sente esperança 
De tarde é pela noite que se espera
De noite, nenhuma esperança
Pois o universo te espera
E quem espera dança
A ânsia da espera
A era se lança
Se lança e erra
Quem espera a criança
Que diz ser quem foi (e era)
A tarde que a noite finge, se cansa
Na manhã que a noite quietinha, espera
Sem armas, flecha, espada ou lança
Volta ao centro dessa Terra
Que vive a dor, infância
Ao que se espera
A esperança
Se ferra
Ânsia
erra
era
só lembrança...
da distância entre o céu e o centro da Terra!

Desde o dia em fomos felizes para sempre...

Sabe aquele dia em que o ônibus não vêm ou que demora mais do que de custume?
Sabe quando a gente precisa dormir e não consegue, ou quando quer uma noite eterna que acaba em segundos?
Sabe quando o trânsito pára de madrugada ou quando seu carro quebra em um lugar longe de tudo?
Acontece sempre com a gente. Tudo que somos buscamos em tudo o que aprendemos e às vezes em quem escolhemos nos acompanhar. Diversas vezes, aprendemos com o pior. Pior seria se tudo fosse mais fácil, é o que parece. Dificultamos todos os dias as coisas e comparamos com as causalidades antes citadas. Não existem causalidades quando os problemas foram criados.
E hoje, quando acordei, perdi a vontade de ter problemas. Perdi minha calma, meu senso, meu sentido, meu chão. Desiludido e solitário bolei de novo o que queria ser. Destruímos todo dia o que é bonito. Somos seres auto-destrutivos, sedentos por sangue. Mamíferos, somos isso. Queremos sangue, dor. O sofrimento é o eleito para nortear essas situações.
O desespero te preocupa e buscas tua calma, procura ajuda, busco a tal ajuda, corro, fujo, grito, choro, me bato, rebato e no ato finjo não querer a dor. Mas amanhã é outro dia e o que existia "tá" deixando de ser. A beleza das coisas perderam a beleza. Não vibro com sucessos sucessivos. Não comemoro com lucros abusivos.
Me sinto pesado. Toneladas acima da cabeça, ando curvado. Sinto-me melhor do que já fui um dia, mas preocupado. Preocupado com àquela dor, aquele jeito, a pele. É a continuidade que nos leva (seres humanos) todo dia ao que cavamos. Cavará e saberá que sofrerá. Logo, em breve.
Não obstante, busquei ajudar. Vi a luz no fim do túnel, juro que vi. Vi teu olho transbordando emoção novamente, e vi o céu. O mesmo que caiu. O mesmo que por pouco me assustou, "tanto assim" me preocupou e mais que tudo me desesperou. Voltar de onde vieste era a única solução racional. Haviam outras, houve mais. Ouvi da tua boca. Nem sou capaz de voar, nem de me teletransportar. Depois as palavras loucas, o descompasso. Em dissonantes frases, nasceu o equilíbrio. Aquele que sempre teves e sempre terá.
Sabe aquele dia em que a gente só que ouvir coisas boas?
Daqui pra frente vai ser tudo assim. Vamos virar gente e não mais que de repente, seremos quem somos, do jeito que fomos, como sempre tememos. Grandes, seremos grandes. Veremos grande. E belos, e sonhadores... e mais nada.
Como no dia em que o céu abençoou , e eu buscava aquela benção.
Desde o dia em que fomos felizes para sempre.

domingo, 21 de setembro de 2008

Sapeca e Infantil (ou a nova tríade sagrada)

O seu sagrado segundo era a força de séculos. A voz que ouvia não parecia real. Lembrava os devaneios maníacos dos antigos, lembrava a modernidade do novo mundo. A voz permanecia aos gritos informando verdades, novas vertentes. A voz que ecoava nos céus buscava todos os corações, todos os sentidos. E no sentido puro de sentir, a voz parecia não ter som. Era emitida em vibrações que ecoavam de forma agressiva no peito de quem sentiu. Pessoas se debatiam com o poder da mensagem vibrante. Em momentos singulares, lembrava os famosos ditadores. Em outros, ao que conhecemos como "Voz de Deus". Em outros ainda, parecia bronca de mãe, mas houve outros instantes que se parecia com um sussurro. Um choro de bebê, uma palavra ao pé do ouvido, um urro desesperado.
Entre tantas dissonâncias, a voz pareceu clara. Uma palavra assemelhou-se com algo audível, no mesmo instante em que o céu se abriu. As nuvens pareciam bailar ao som inaudível da vibrante voz. Passo-a-passo, o descompassado ritmo da dança das nuvens pareceu parar. Ao centro se via o Sol e a Lua, uma ao lado da outra. Cada uma parecia ter um guardião: uma estrela, como as que as crianças desenham em suas recriações artísticas dos céus.
E tudo pareceu um desenho. Um desenho sem sentido. A voz aumentou, as palavras já não eram mais compreendidas, o som do céu vinha das duas estrelas. De cada ponta saiu um risco, que virou rabisco, como se alguém riscasse o céu. De tempo em tempo, se via uma nova forma. Num momento depois, o depois parou. O mundo não se mexeu. As casas foram ficando iguais. Tudo parecia uma colagem do que tudo foi. O silêncio, as novas formas, os novos "layouts". O novo...
Nada era igual ao que antes existiu. E existiam ainda todas as coisas, todos os sentidos. O tudo...

A lua e o Sol se uniram. Surgiu a explosão e as estrelas foram se aproximando do chão. Ao tocarem o solo, os corpos humanos foram desabando. Todos caiam, menos um. Um único menino no meio do fogo, parado no centro da Terra viu sozinho os corpos começando a compor a paisagem. Cada corpo ia redesenhando os detalhes da natureza. Cada árvore cortada pelo homem renascia do corpo de um ser humano. Os prédios virando montanhas. A sujeira virou o que foi e nada mais era sujo. Os rios tinham água pura. Até a camada de ozônio foi tapada com as moléculas de corpos de um "povinho" ali do alto. As duas estrelas, outrora gigantes, agora tinham forma de duas crianças. Os três agora brincavam no quintal do Universo.
O quintal estava mais bonito e fora revisto em detrimento do velho. O novo projeto tinha mais a cara de "Sapeca e Infantil". Era um mundo mais doce, e os seres dominantes eram os macaquinhos, que aliás eram muito mais divertidos que os antigos e egoístas "Homo Sapiens". Um mundo de conto de fadas no lugar do antigo e velho mundo. Sentado no topo da montanha mais alta, a brincadeira recomeça.

sábado, 13 de setembro de 2008

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Por mais uma cachaça (ou a voz de Deus)

Era uma senhora mal tratada e desnutrida. Cabelo mal cortado, quase careca. Com tufos que se espalhavam por toda a extensão do seu coro cabeludo. Sua fama era de louca, com um corpo castigado e um rosto de dar medo. Sozinha gritava com todos os transeuntes que passavam por aquela movimentada avenida na periferia de São Paulo.
Ela tinha motivos para gritar com todos, mas ao sentido puro do grito, era por simples desabafo contínuo. Ela, em forma de gritos, tira o ódio que carrega dentro de si. Urrando assustadoramente descarrega palavrões, infâmias e todo tipo de sujeira que pode ser ouvido pela audição humana.
Certo dia encontrei-me com ela e ouvi de sua boca o primeiro palavrão. Após um "bom dia" que saiu da minha boca, começou contar de sua vida. Me disse que tivera filhos, todos mortos antes dos 20. contou-me que teve marido, hoje um velho louco que vive no centro. Disse que já fora bonita e que tivera a sorte de ter sido feliz algumas vezes, mas que hoje era, em Terra, a voz de Deus. Ele, me dizia ela, ficava bravo com todos os rostos irônicos, satíricos, irritados, desatentos, preconceituosos, ou seja, tudo que o ser humano tem de sujo.
Contou-me isso dentro de uma lotação onde, como sempre, tinha um cobrador e um motorista extremamente mal educados. Depois de me falar sobre a vida, gritava com ambos loucamente. Se debatia e dizia sobre o desrespeito humano, mas de forma bem desrespeitosa. Era engraçado pensar que aquela era a voz de Deus. Era bem plausível que nossa raça havia realmente irritado-o. "Fomos criados a sua imagem e semelhança", ela gritava, "e nós o traímos!".
Acredito que ela tenha razão. Que venha o fim dos tempos e extermine o homem. Ou que me tragam mais uma cerveja gelada pra curar a dor. Ou que as profecias sujas sejam mentirosas, ou que a minha solidão fosse a de todos. Queria ter um bom coração, para ser bom como a correspondente de Deus. Por mais uma cachaça que limpa a alma da impureza do hipócrita mundo limpo.

Ser (des)contente

Enquanto tento outro dia escrever um texto longo, talvez um livro, meu cérebro ainda se limita aos curtos e (des)agradáveis textos. Para o meu (des)prazer, quando se trata de escrever, me agrada a possibilidade de nada regrado, escrevendo cada dia sobre um assunto diferente, com diferentes regras, pontuações. Pontuo meus pensamentos, não o meu texto. A minha vírgula equivocada era o efeito que eu buscava. Meu parágrafo é diferente de outros. Amo a liberdade de escrever como quero. O que não entendo é quando a vontade passa. E comigo isso acontece sempre.
Hoje acordo com vontade de mudar o mundo, até que a vontade passa; entro em depressão com vontade de me destruir, daí a vontade passa. Mas existem vontades que deveriam passar, mas que permancem intactas, indestrutíveis, irrefutáveis. Quais são elas? Perdi a vontade de dizer!
Adoro ver a possibilidade de ver meus defeitos e modos de pensar nas páginas desse caderno de novo. Passei por um tempo robotizando o que escrevo. E percebi que já existia um padrão de textos meus. Não é a linguagem, não é a estética. É que eles se parecem!
Deve ser porque escrevo sobre o que penso com total influência crítica desses pensamentos... Não é incrível???
Mas parece que ultimamente meu cérebro se limita a encontrar problemas. E os encontro em tudo. Me falta o ar a possibilidade da rejeição. Me aperta o peito me sentir como se jamais pudesse ser feliz. E não a felicidade capitalista, a qual me disseram outrora, mas digo a minha paz interior. Algo não influenciada por externalidades, por pessoas, por sentimentos negativos... preciso orar.
Preciso de novo acreditar em algo que me faça acreditar em algo. Quero dispensar meus surtos inconscientes, minhas ilusórias alegrias, meus êxtases imaginários, minhas frustações.
Quero o que sempre quis.
Mas agora, quero de verdade!

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

A paisagem "não" concreta

Sentem-se ao fundo do trem e embarquem mais uma vez nesse vagão desgovernado que transborda inconsequência e compatibilidade com a falta de esperança. Descontentes, os maquinistas sonham com o vento que bate na face. Entediados, os passageiros querem a emoção de pilotar. Eu queria fazer parte da paisagem da janela. Intacta, imóvel, serena e só faz o bem. Nunca uma paisagem fez mal a alguém. Elas são simples, criadas pelo mundo para enfeitar nossas vidas. Não gosto da missão suja que tem o ser humano de criar novas paisagens, robotizando o natural e "concretizando", do substantivo "concreto", o nosso mundo verde. Ou azul, ou qualquer cor que queiram chamar esse mundo cinza. Pois nada além de cinzas fazem parte do verde que tanto coloriu nossa vida. Mas só o verde, não. O amarelo, o azul, o rosa, o vermelho. As primárias e secundárias se tornam terceiras, de segunda mão, sem primeiras intenções de serem nada. O fato é que de "concreto", essa selva de concreto não tem nada. E nós seres humanos acinzentamos as vidas alheias de formas que variam as variações das tão infinitas variáveis de equações que medem o impacto do homem sobre o mundo. "Cuidado com o que escreve, Alexandre". Não!
Outro dia tentei ser melhor, e me senti completamente burro. Outro dia me lembrei da minha infância e me lembrei de meus medos, e me senti um covarde. Mas foi quando lembrei da minha vida como uma paisagem, sem as folhas mínimas podres que minúsculas nem pensam em tirar a beleza de toda a natureza, que vi o quanto era feliz. Vi uma criança que se tornou um homem, e um homem que se tornou um moleque. O Erê. "Já que pra ser homem tem que ter a grandeza de um menino", vou rever as paisagens enquanto o mundo varia entre ação, calmaria, emoção, complicação. Estático e belo. Intocado e singelo. Como a vida deve ser!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Que se faça a luz!

Que se faça a luz em minha mente e na mente de todos os homens, que encontram no sentimento humano a maior saída para as dificuldades alheias às quais vivenciamos dia-a-dia! Cobranças e auto-análises são positivas até certo ponto, onde o conto do Vigário é a nostalgia das coisas que você acredita que foram reais em suas fantasias materiais. Focando o ponto de partida dessa fundamentação, crio a ponta de um Iceberg representando o Ser Humano. Digo o Ser Humano em sua essência material, carneossosorgãos. O restante do tal Iceberg são os sentimetos essenciais humanísticos. Mas existe um porém: O aquecimento global. Causado por todos os males criados pelo Ser humano, tanto em meu exemplo quanto literalmente. Ele destrói toda a solidez com o calor desmedido de palavras duras, atitudes drásticas e violentas ao próximo. Só que o que derrete o Iceberg é a fervura oceânica, que faz com que o tal Iceberg, formado de alma, sentimento e matéria, junte-se ao restante nesse oceano de desespero que é o mundo material destruidor de essências. As vezes parece que faço parte de um daqueles jogos onde o personagem o qual você controla é alvo de todo tipo de coisa. Se é um jogo de carro, todos querem vencê-lo. Se é uma batalha, todos lutam contra você. Ou seja, parece que o mundo vive em torno das minhas dificuldades e as tornam ainda mais difíceis!
No meio de tanta confusão, tentar controlar o sentimento humano faz com que nossa alma se perca. Me perco em mim diversas vezes, tentando externar as minhas culpas nas outras gotículas do oceano de extress ao qual faço parte. Não me movimento sozinho. A maré me leva para mares nunca antes navegados, e sinto a pressão exercida pelo mundo em meu corpo inteiro.
Um dia virarei vapor.
Um dia voltarei a Era Glacial.
Onde éramos sozinhos em ilhas, mundos diferentes que ao se encontrarem somavam experiências trazidas de longe.
Hoje, você que passou por aqui e não me conhece compartilha do meu pensamento.
Sem mesmo encontrar-me ou conhecer-me.
Hoje, somos o oceano, e o Oceano (a massa) somos nós, sem opinião, levados pela onda do desinteressse e desatenção.
A queda em cachoeira não é bela quando a descida tem as pedras da decepção abaixo.
E que se faça a luz, aquela em faróis para nortear minha chegada!

sábado, 30 de agosto de 2008

Desde o "antes do fim"

Desde o fim do mundo as coisas mudaram muito. Não imaginariamos como seriam as coisas após a explosão do planeta Terra. Pois bem, me sinto um pouco feliz de ser o primeiro a contar por meio escrito os acontecimentos, desde um pouco antes do fim. Tudo começou depois que o Papa soltou umas violentas para cima de países furiosos. Além disso, os russos começaram a iniciar uma Segunda Guerra Fria com os Estados Unidos. Os dois povos já falavam de quem destruiria mais planetas. A disputa era de quem iria entrar em contato primeiro com o povo "Vultusiense", que eram espectros de energia que viviam organizados no planeta Vultu's, o quarto do sistema solar Numises, o vigésimo descoberto no Universo. Até que um dia o presidente americano resolve destruir Vultu's, e a Rússia ataca os americanos. Uma guerra começa: Estados Unidos e seus amigos contra a "Rapa". Em dois dias um lunático de um dos países aperta o tão conhecido "botão vermelho". A terra explode, porém, uma população fica a salvo. O povo brasileiro, que já acreditava numa guerra que pudesse destruir o mundo a centenas de anos, havia investido na construção de foguetes que levariam todas as pessoas brasileiras para um outro planeta, criando uma civilização pacífica. Um dia antes da explosão, o país já havia sido evacuado, e o governo brasileiro já havia informado que não iria dar auxílio a nenhum país, já que eles haviam escolhido aquele destino.
Atualmente estamos vagando sem destino, parece que nos hospedaremos no planeta Terrus, o mais parecido com a Terra em clima. O problema é que o foguete "São Paulo" está tendo problemas com um dos de seus administradores, que quer implantar algumas novas leis nesse foguete (algo ligado a propagandas menores, ainda não entendi ao certo!). A polícia se preocupa muito com a cidade construída em forma de foguete, pois só no neste de São Paulo, existem mais de 80 milhões de pessoa, o maior foguete já construído na história do mundo, com o dinheiro que foi devolvido de todos os governantes corruptos.
Todos os Estados tem sem próprio foguete, uns mais bem feitos e outros bem decadentes, mas todos permanecem voando até o momento em que esse texto foi escrito.
Bom, eu estou no foguete de São Paulo, e só temos notícias vagas de alguns outros foguetes. Mas, agora o objetivo é conseguir chegar a Terrus o mais rápido possível, pois eu não aguento mais as filas do banheiro, o trânsito para conseguir comer, andar... Só nesse últimos três dias já fui assaltado três vezes!
Mas me disseram que no novo planeta, teremos igualdade social, teremos menos trânsito graças ao planeta ser só nosso...
Vamos aguardar as novidades, né?
Espero que de tudo certo!
Mando notícias!

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

O "para que" de viver

O para que de viver é a soma dos paradigmas de crescer e os paralelos que são as coisas boas e más, ao meu entender. Mas no entanto, os mais "intelectuais" trarão as mazelas que a vida nos causa, ou as formas claras de aclarar a mente ou acender a tal luz, no fim dessa escuridão que é o túnel de nossa existência.
Mas a fundo, nos afundamos com o que nos enfrentam. E nós que enfrentamos o que nos afronta, ficamos sempre boquiabertos com o que acontece com quem tem força. No canto calado, o menino tem a chance de crescer em paz? Ou a covardia cega nos leva ao que todo outro caminho leva? Buscar as bússolas imaginárias que nos apontam rumos desnorteantes levam-nos sempre ao lugar que partimos. Daí, lhe dirão ao certo que a certeza da vida é a ingratidão de Deus. Comeram um dia o tal fruto e Ele, que já havia avisado, tem colocado o seu dedo em todas as coisas do mundo. Não o culpamos, por favor. Somos adultos que ensinaremos nossos filhos e faremos o que é bom, mesmo quando "o que é bom" nem sempre é tão bom para o tal filho. Daí vem a energia do Universo, que terá outros nomes, mas na qual aqui me refiro como todos a conhecem, e faz o mesmo com você, adulto, inteligente, culto.
Curto
Rasos, razoáveis, acima da mediocridade, com poucos haveres, mas suficientes. Dicionarizando o que digo, aquele que procede com madureza, que tem experiência do mundo, ser humano em geral; o homem é um mamífero bípede, dotado de inteligência e linguagem articulada. Leviano e incomum, desconexamente interessante, o homem moderno faz a vida qualificada para ser imprudente, desqualificando todas as glórias desse tal mundo, imundo hoje por ser coberto por homens.
O para que de viver é para mostrar que vivemos para morrer. É o ciclo. Não é para construir, desconstruir. Não vejo outros bichos tentando encontrar a lógica, a ilógica, a verdade, a cura. Mas nem tudo anda junto com o comum, usual. Pois antes de se morrer, é preciso conhecer a forma do desfecho. Toda obra tem começo e fim, mas e o meio? E como será essa vida? Quanto intensa será? Quanto boa será? Terá materais, conhecimentos? Terá quedas, outras quedas, e mais quedas? Terá glórias? O que será a glória? Comprar um patinete ou salvar uma vida? Encontrar um grande amor ou escrever um livro? De fato, os animais no geral devem fazer isso sim. Não observamos o "como" isso é feito, mas sabemos "para que". Para cumprir o ciclo criado, mas de forma agrádavel. Use o "para que" como quiser, e crie maneiras diferentes de viver. Do seu jeito, à sua maneira, criando as besteiras que jamais foram realmente besteiras.

sábado, 2 de agosto de 2008

O pé de manga

O sonho surgiu meio estrela, que brilhante desmotivou os outros sentimentos maiores e mais antigos, que antes do sonho dominavam a mente humana. O sonho que nunca desistiu, sonhava com a possibilidade de ser grande e real. Mas sonhos não podem ser reais, pois perdem a essência de ser sonho. Ele encontrou um humano menor do que os outros, mas simples e pequeno como ele sempre sonhou em ser. Em contato com aquele pequeno ser, descobriu as coisas que ele não conhecia para ser um belo sonho. Ele que brilhante tinha as vezes o costume de estrapolar, vivenciou a verdadeira forma de se ser grande sem ter o tamanho. Todo dia o sonho ia ao pé de manga e via o menino humano olhando para o alto na procura de uma gostosa fruta. Mas no mês de julho, manga não dá. Nunca vira alguém ter atitude igual aquela. Ele, o sonho, sempre fazia coisas do tipo, mas o menino era humano, realista, premeditando as possibilidades verdadeiras do mundo. Imaginou então o que aconteceria com o menino humano se descobrisse que a manga era impossível. Porém, naquela mesma noite, o sonho descobriu uma coisa triste. A manga salvaria uma vida. O menino aguardava a tal manga para entregá-la a sua mãe, cuja a vida se esvaia graças a uma estranha falta da fruta. Essa doença fora única na história do mundo, e somente o sonho teve a sorte e o azar de conhecê-la. O sonho resolveu agir racionalmente uma vez, assim como os humanos faziam, e foi conversar com o menino que esperava. Foi naquele instante, que ele chegou para o sonho e com a voz de menino disse calmamente:
- A vida da minha mãe depende sim da tal manga. Porém não existe em toda a região outra mangueira. Contudo, todo dia que saio de casa, deixo minha mãe com a esperança de que eu volte com a tal manga. Isso tem dado forças pra ela há muitos anos, já que ela acredita sempre poder ter a manga.
Muito encucado com a história, o sonho resolveu indagar:
- Mas espere um minuto. Se é a esperança da sua própria mãe que faz com que ela não morra, porque você simplesmente diz que vai e não vai? Faça outras coisas. Viva!
E o menino respondeu com lágrimas nos olhos:
- Porque há muitos anos fico embaixo dessa árvore. E quando olho para suas folhas, imagino coisas incríveis! E sempre sonho em poder encontrar a tal manga. Porque pode até não ser real, mas a cada nova manga que encontro fora de época, acredito mais na verocidade dos meus sonhos.
Então, afinal de contas, era a esperança do menino que dava forças a mãe...
O sonho olhou para o chão e aprendeu mais uma lição. Os sonhos são diferentes, confusos, complexos. Mas são feitos de coisas impossivelmente possíveis, que após acontecerem se tornam ridiculamente belas. Desde então é a mais brilhante de todas as estrelas do sentimento humano.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

O menino da violinha

Ele tinha apenas nove anos e já sabia cantar. Pegou um dia sua violinha e se pôs a caminhar. Entre estradas e correrias, romarias, confeitarias, mundo grande e sem porteiras ou portões que se abram todo dia, o menino conhecia os quatro cantos desse mundo não quadrado. E tonto por zanzar por todo o mundo, em rodar sem nunca parar, um dia pegou a violinha e sentou-se em Bagdá. Tirou sua nota mais triste e se pôs a cantar. A melodia ecoava em todos os cantos, até que um tiro ele pode escutar. Viu um homem disfarçado de guerra, e imaginou o que ele queria escutar. Tocou um som mais violento, e o soldado ficou emocionado com tanta violência no som daquela criança. A criança que rodara o mundo, hoje sabia canções de todo o canto, pegou o coração do guerreiro que ali estava com a mão, sem nem precisar chegar no refrão.
Continuou andando depois desse descanso e chegou ao Rio de Janeiro. No pé do morro com sua granada musical empanturrou toda aquela gente com um samba fora do normal. O menino que cantava a miséria do povo sofrido pelo mundo, voltou ao Brasil com uma missão. Mostrar pra todo mundo que a guerra que nos apavora ai fora era igual a que a gente tinha aqui dentro. Até porque, ao pé do morro também ouviu um tiro. E o tiro se aproximou do menino, chegando cada vez mais perto. A bala tinha a cor de ouro, e outrora lembrou um touro como o que vira na Espanha, e com certeza, o tiro procurava pelo menino. Sozinho viu de onde vinha a bala. De um soldado com a mesma estatura que ele tinha, uma arma que nem cabia direito na mão do menino que atirou na sua direção. Ele pegou sua violinha e rebateu a "bala touro" pra longe dele, indo parar no céu. Mas passado um tempo ele foi visitar a dona bala, que disse que suas amigas e irmãs sempre saiam desfilando suas mortes por aí saídas de armas seguradas por mãos como a do menino que segurava a violinha.
O menino assustado voltou pra terra, e lembrou da morte disfarçada de criança. Pelo menos em Bagdá não se disfarçavam os guerreiros. Aqui os guerreiros não tinham armas. E sim sonhos. Os sonhos de talvez cantar como o menino, de conhecer o mundo. Sem bala na agulha, mas sim no corpo, o menino caiu. E nunca mais cantou em nenhum canto.
Se bem que o soldado ainda sonha com o refrão que nunca chegou a ouvir, pois tiraram a música de seu ouvido com o zombido que insurdeceu a multidão. Agora junto ao menino, poderia saber de que são feitas as belas canções. Enquanto no Brasil, as balas ainda desfilam em todas as direções.
E o mundo, não tem mais o tal menino, nem suas composições.

Imaginarium

Imagine o mar...
E agora imagine toda a praia!
Imagine o Sol...
E agora o Universo inteiro!
Imagine você, que você é uma pequena parte
Da parte que o todo quer ser
Imagine que se você fizer sua parte
O mundo todo tende a aprender
Eu imagino o que você faz todo dia
Eu particularmente não faço nada
Agora imagine se realmente
É possível não fazer nada?
Eu que imaginei como seria
O que você queria pensar
Imagine você que a força cobria
O meu sincero poder de crescer
De encobrir o que sempre será e um dia
Esperando acontecer
Um dia belo desfarçado de outro dia
Me fez esquecer de aprender
E imaginei a minha vida bela
Imaginei todas as coisas lindas certas
Imaginei o mundo inteiro cantando
A mesma nota e imaginei um refrão
E imagine o mundo inteiro sem erros
Nas notas que a vida tira do chão
Imagina nosso solo cantando
Aumentando o suficiente nossa plantação
Imagine a criança brincando no quintal
Ou na rua sem perigo de morte
Imagine se a diversão do mundo não for a morte
Nem usar armas para matar como esporte
Imagine o mundo sabendo de tudo
Nossa ciência que avança pra tomar o lugar de Deus
Imagine se Deus não existir?
Imagine se o sonho sumir?
Imagine se a gente não mais existir?
Imagine o nada...
Agora com calma volte a imaginar o bem...
Te da trabalho imaginar, te conto sincero, que a mim também!
E imagine se não é mais fácil levantar todo dia
A ter que todo dia em casa ter que imaginar?
Agora imagine se o mundo fosse assim?
Eu sinceramente não imagino o que seria de mim...

quarta-feira, 18 de junho de 2008

As coisas como são

O que dizer sobre a vida? Eu realmente me sinto feliz a cada dia que cada dia me trás algo novo. Adoro surpresas, desafios, glórias e até mesmo fracassos. Gosto de me ver testado, de sofrer para ter aquilo que busco. Mas existem certas coisas que não são tão "positivas". Elas surgem em momentos delicados e fogem antes que você possa imaginar. Elas te dão tudo tudo que você precisa, e quando você precisa usar aquilo, elas tomam de ti tudo, e não só as coisas que lhe deu. Essas coisas aparecem quando você não acredita mais em coisa alguma, mas alguma coisa te faz mudar de idéia, mas sempre a mesma coisa acontece, e te faz sentir mais medo dessas coisas.
Eu direi até o fim dessa fase em que me encontro, e digo isso porque aprendi que de nada pode-se ter certeza que dirá até o fim da vida, que a decepção destruiu meus conceitos sobre todas as coisas. Elas não se preocupam com o que você está passando, e parafraseando alguns amigos que partilham dessas mesmas idéias, são as causadoras maiores das desilusões. Quando se espera que algo irá fazer algo para você e essa coisa faz o oposto, a expectativa criada maltrata e destrói conceitos ainda mais belos sobre qualquer coisa. E eu receio que essas coisas só aconteçam com a gente, gente que se mostra para o mundo e que esconde a essência que a sociedade nos implantou, esquecendo nosso personagem na vida e improvisando com nossos textos. A rebeldia de ser livre vai te ferir, as coisas são assim.
Mas daí nasce o pilar da vida. Plante uma árvore, tenha um filho, escreva um livro...
E você, já plantou sua árvore nesse mundo seco?
Ou já trouxe um filho seu a Terra da miséria, hipocrisia e egoísmo desmedido?
Não?
Pois é hora de escrever um livro, uma canção, ou textos cretinos como esse.
Pois se minha árvore queimaram, meu filho foi levado pelo mundo, o que restam são meus ideais, e isso nenhuma coisa pode tirar de mim.
Aliás, o máximo que podem fazer é zombar deles. E façam com gosto, porque as coisas são assim mesmo.
Daí você pode ler e guardar o que de melhor entendeu, coisa essa que digo sempre em meus textos. E é verdade! Uma frase que seja, e as coisas podem mudar.
E nenhuma coisa pode destruir isso. Portanto, as coisas que me trazem a doença do ser, voltem outra hora, pois hoje tenho hora marcada com a essência que essas coisas tiveram o prazer de destruir.
Mas não se preocupe. O olho grande que rodeia todas as coisas atinge os que querem ser atingidos . As verdades que contam seu futuro, são verdades que você precisa ouvir. E na benção das energias irão positivamente a favor de todas as coisas que deseja inconscientemente. Mas essas coisas não são necessariamente as melhores para você. Porque quem faz todas as coisas acontecerem são todas as coisas que você faz.
O nosso destino é um só, mas os caminhos para se chegar a ele, somos nós que escolhemos.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Num canto, cansado

Eu simplesmente estou me sentido cansado...
Cansado é a palavra que irá melhor me definir hoje!
Cansado de ter que tentar provar, de querer que provem...
Cansado de tentar ser o melhor e estragar tudo!
Cansado de ter a pessoa que quero e não o que quero!
Cansado de ter o que quero, e não a pessoa que quero!
Cansado de esperar que as soluções caião do céu...
Cansado do meu futuro promissor que é sempre no futuro!
Cansado de ser tudo isso que sou...
Cansado de tentar ser algo que não sou!
Cansado de tentar descobrir como fazer da minha vida melhor!
Cansado da vontade de tentar melhorá-la!
Cansado de sentir inveja, de ser egoísta...
E cansado também do oposto!
Se ontem quis a verdade e a felicidade...
Hoje só o gosto!

O gosto de ser...
De poder ser
De tentar ser...

E a pergunta que não quer calar.
Os anjos, de onde vêem???

Eu procurei naquele céu e vi!
Juro que vi...
Aquele que era nosso telhado no dia que foi dito...
Aquilo que fez todo o resto ser dito...
No dia que magamalabarizamos nossos sonhos!

quinta-feira, 22 de maio de 2008

É uma pena... Mas é a vida!

Não quero escrever hoje, mas preciso tirar isso de dentro de mim...
O que eu posso fazer?
Tudo que quero? Tudo que desejo?
Nem tudo...
Coisas materiais são simples de conseguir....
Pessoas divertidas são fáceis de encontrar...

Mas ser plenamente feliz, não tem facilidade...
Até porque senão não teria graça...

(Mas hoje eu não quero sentir graça...
Eu só quero o que quis outrora!)

quarta-feira, 21 de maio de 2008

O que eu escrevo

Hoje eu tentei escrever um texto de amor, mas minhas desilusões bloquearam meus pensamentos
Ainda tendei escrever um texto que falasse sobre sonhos, mas dai lembrei que são só meus
Pensei melhor e resolvi escrever sobre desigualdade social, mas me achei tão clichê
Tentei até criar um conto de fadas, mas lembrei da vida real
Pensei em detonar com meus princípios em textos desesperados, mas a vida é tão boa
Pensei em falar em como as pessoas são más, mas não tenho nada com isso
Calculei então o quanto isso me fere, mas daí pensei que sou muito mais que isso
Daí pensei em escrever como sou forte, mas descobri minhas fraquezas
Daí quando ia escrever de minhas fraquezas, me lembrei do quanto posso ser forte
Nesse momento fui escrever sobre o egoísmo humano, mas dái me deu uma tristeza enorme
Daí lembrei do quanto sou egoísta, e entendi o porque de minha tristeza
Me senti sozinho e quis escrever sobre minha solidão, mas daí me senti triste e liguei para um amigo
Daí pensei em escrever sobre tristeza, mas é tão chato ler sobre tristeza!
Mas daí tive a idéia de escrever sobre amigos, mas me lembrei que já fiz isso a pouco tempo
Daí lembrei que ninguém lia mesmo esse blog, mas lembrei de quanto eu queria que ele fosse legal
Fiquei nervoso e fui escrever sobre nervosismo, achei brega
Fiquei melancólico e fui escrever sobre melancolia, mas achei piegas
Daí no meio de tudo isso fui escrever sobre o tédio, e me lembrei dos trocentos blogueiros que fazem isso
Daí me deu muita vontade de chorar, mas homem não pode fazer isso
Daí corri para o Divã mais próximo, mas não vou escrever sobre isso
Dái tento escrever sobre nada...
E quando vejo, mais um texto nasceu!

Me sinto mais leve...

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Mundo dos Adultos - Parte 3

Adoro comprar produtos de varejistas ultra famosos que vendem tudo pela metade do preço em até 7287653876 vezes no carnê com juros de 0,097439% ao dia! Até porque, somados as facilidades e preços super baixos (sim, é ironia), eles ainda tem funcionários incrivelmente desinteressados (achei que tapados pegaria mal! [não, não é ironia!]). 
Comprei um armário;
Ele combinava com o resto do escritório;
A cor era Tabaco com branco (tabaco não está nem entre as cores primárias e nem as secundárias mas esse dado só fui descobrir mais tarde);
Eu sei a cor que pedi;
Eu vi a cor que eu pedi;
(mesmo porque, pra mim aquela cor se chamava Mogno, mas nem me ative a esse detalhe)
PS1: marcas de móveis costumam ter nomes como Marfim;
O armário chegou (não tinha ninguém no escritório);
Eles te ligaram avisando??
(Se a resposta foi não, saiba que estamos na mesma)
Liguei no Sac, que é um saco;
(poutz grilla!!! Que piadinha infame)
A atendente pediu que eu ligasse para avisar a vendedora que eu não tinha recebido;
(Não era o que eu estava fazendo?)
Expliquei que eu tinha comprado com as Casas Bahia, não com a vendedora (ops, falei o lugar...)
Agendei a nova entrega;
Já se faziam 10 dias da compra;
Chegou o armário;
Abrimos o armário, e a cor era Marfim!
Estava na nota que a vendedora fez do produto a cor Marfim (eu nem sabia que Marfim era cor!!!!!!!!!);
PS2: Quando você compra um armário com tanta ênfase na cor, você acredita que o vendedor entendeu o recado, e como disse anteriormente, não sou um expert em cores criadas por lojas de móveis!!!
Ligamos informando o caso, e ficamos sabendo que teríamos que ir até a loja;
(Mesmo assim o montador foi até o escritório...)
Fomos na loja a primeira vez com a nota fiscal, faltava o comprador;
Fomos a segunda vez com o comprador e a nota, faltava o boleto;
Fomos  na terceira vez com o comprador, o boleto e a nota;
Finalmente deu certo;
A vendedora começa a árdua batalha de conseguir vencer as barreiras de uma troca;
Acho que até o Lula teve que assinar!!!
(o que me deixaria impressionado... não sabia que o nosso presidente sabia escrever!)
Mas não foi tão simples assim...
Os documentos sumiram;
Ninguém sabia onde estava;
Ninguém parecia ter o menor interesse de saber onde estavam eles!
(A atendente responsável por esses processos parou no balcão olhando para a vendedora, disse que tinha procurado. O telefone tocou e ela atendeu... Bateu um super papo com o cliente, se virou após cinco minutos e disse: - Num tá aqui não!)
Nesse momento tudo é motivo pra piada ;
Uma segunda moça teve boa vontade e achou;
A vendedora tentou uma vez, fui assinar o papel tava marfim de novo;
Fui assinar a segunda vez, tava o valor de R$ 2935,00 (valor de 5 armários)
Fui assinar a terceira vez, e deu certo!!!!!!!!!!!
PS4: Ela descobriu que eu não precisava do boleto... Não é fascinante??? 
Ela me ligaria no dia seguinte me avisando quando chegaria o armário;
Adivinha???
(adivinhou!)
Fomos na loja ver a data de entrega;
A vendedora não estava...
Tinha 876476239 vendedores disponíveis!!
Chamei uma...
Eu disse que eu queria saber sobre a entrega;
Ela disse que só com o boleto (Sim, ela ainda está viva!)
Eu disse pra ela puxar pelo meu CPF;
Ela disse que só com a vendedora que tinha me vendido...
Para me provar que ela estava certa e que isso era impossível, chamou um vendedor com cara de inteligente (deve ser o dono!)
E ele, como é óbvio disse que dava sim!
Entraram no sistema ultra simples criado para pessoas...
(como é que chama a palavra???)
A cada novo minuto, ria mais da situação...
O cara tava quase espancando a vendedora por ser tão desatenciosa;
(Eu queria poder expressar a minha vontade também, mas sou um homem de princípios!)
Daí apareceu uma tela com o meu nome;
(Estranho, né... Ela pareceu chocada quando viu isso acontecer! Esses sistemas são tão incríveis!)
Apareceram várias datas...
Ela foi  na data da minha compra (25 dias atrás!)
E disse que o meu caso já estava encerrado e que o armário já havia sido entregue!
(1... 2... 3... 4... 5... 10)
Eu repeti que eu havia pedido a troca;
Ela me disse que se não estava no sistema não havia ainda ido para o banco de dados para a confirmação e blá, blá blá..
Enquanto isso, o Dono da Loja (rsrs) foi descendo o cursor até o dia em que eu fiz a solicitação da troca;
Para espanto de todos, lá estava meu nome e a data de entrega!
Todos aplaudiram de pé, lágrimas caiam do meu rosto, uma banda de fanfarra adentrou a loja tocando "We are the Champions" com todo gás;

Conseguimos...
Chegará no sábado...

PS5: Depois ainda falam sobre o desemprego no Brasil... 

Mas no mundo dos adultos é assim mesmo...
Botamos a culpa nos nossos governantes (ahhhhhhhhh mas o Lula merece, vai??!), na falta de emprego, na falta de oportunidades, na falta de um bom salário, mas muitas vezes não justificamos nem o mais mísero dos benefícios... E não é por falta de cultura... É por pura preguiça! 

Mas isso chamamos de "Desigualdade Social"

Obrigado

Obrigado ao mundo pela felicidade que sentirei. Obrigado a todos que poderão me ouvir, às viagens que ainda irei fazer, ao povo que irá me saudar, às dificuldades que vou vencer.
Obrigado pelo Oscar que agradecerei em discurso imenso, e pelo meu "MP3 de ouro", meu Grammy, meu Cannes, meus "Best Sellers", minhas canções cantadas por milhões.
Obrigado aos que lerão meus livros, meu blog, e aos que irão aos meus recitais, peças, concertos, shows...
Agradeço também aos que estarão comigo nos momentos mais felizes de minha vida, aos que me apoiarão no sucesso dos meus negócios, os meus parceiros, minha futura esposa. 
Agradeço ao meu Prêmio Nobel  e ao convite de ser o primeiro homem a pisar em Saturno.
Obrigado aos que irão pedir autógrafos, aos que me acharão um exemplo, um ícone, aos que suplicarão por minha atenção.
Agradeço também aos que me mandarão cartas, e-mails, montarão comunidades sobre mim e meus projetos.
Agradeço inclusive aos que contratarão minha empresa, que assinarão os contratos que me tornarão milionário. 
Agradeço ao amor que meus filhos depois de nascerem terão por mim, e como minha esposa será uma ótima mãe. 
Agradeço principalmente ao amor que minha família nunca deixará de sentir por mim. 
Aos meus empregados, dos que limparão minha casa e meu escritório, aos grandes executivos que estarão nas minhas grandes organizações, o meu muito obrigado.
Agradeço aos que irão nos jantares, saraus e encontros organizados por mim e minha esposa, além também de agradecer aos meus amigos que nunca deixarão de comparecer aos meus churrascos casuais em volta da piscina, ou aquele encontro para assistir um filminho em meu cinema particular.
Agradeço aos grandes astros que farão aquela linda homenagem em um filme que falará sobre minha vida, que a estréia chegarei a ver bem velhinho, aos prantos por ver minha dura e linda história retratada em telas gigantes pelo mundo inteiro. 
Obrigado aos que me agradecerão, aos que terão vidas mais felizes, pensarão mais em coisas da vida graças a mim, aos que me terão como exemplo.

Agradeço depois, hoje não...

Hoje eu só quero sonhar mais um dia acordado, enquanto a minha sorte é decidida dia após dia por minhas atitudes.

E enquanto ainda não pago "Imposto sobre sonho".

terça-feira, 13 de maio de 2008

A força do pulo

Há sabedoria em quase tudo que se analisa com atenção e calma. As coisas podem parecer insignificantes num primeiro momento, porém, acrescentam coisas de valor inestimável à nossas vidas.
Um desses casos aconteceu comigo quando eu tinha uns dez, onze anos. Meu primo, um pouco mais velho com os seus dezesseis anos na época, estava andando de patins fazendo todo tipo de manobra enquanto a família reúnida ficava sentada assistindo ao seu Espetáculo. Num dos momentos, ele convidou um dos primos menores para um desafio: ficar deitado no chão para que ele pudesse pular a pessoa!
Minha irmã, a mais corajosa da turma, foi a primeira a se arriscar. Ele pegou distância, impulso e uma velocidade incrível, movendo suas pernas com muita destreza. Ao chegar a pouquíssimos centímetros de distância de minha irmã ele saltou, caindo muito perto dela do outro lado. Todos os parentes o aplaudiram e ele quis aumentar o desafio.
A cada nova pessoa que deitava ao lado de minha irmã, ele fazia a mesma coisa: Pulava quando chegava bem perto e parava sempre depois, mais também muito próximo do último da fila. Eu fui o último a deitar quando somados todos no chão o número já era de seis pessoas!
Quando ele terminou o último pulo, uma coisa me deixou muito encucado. Poxa vida, se ele conseguia pular seis pessoas, por que quando tinha apenas uma ele pulava tão perto? Não me aguentei e perguntei:
- Se você consegue pular tão mais longe, por que você pula tão pouco quanto menos gente tem?
Daí ele me respondeu:
- O meu impulso depende do número de pessoas que tenho que pular. Não vou fazer o mesmo esforço que faço para pular seis pessoas pulando uma só!
...
Outra pessoa muito importante e sábia, meu pai, sempre dizia:
"Mire a lua. Pois mesmo se você errar, já estará entre as estrelas!"

Parece então que que se na minha vida eu sempre objetivar obstáculos maiores, sonhos mais impossíveis, meu esforço para o "grande pulo" será muito maior. E talveza seja a estrela mais brilhante!

Daí sim, quem sabe, não teremos exclamações mais felizes, ao invés das obscuras interrogações...
Bom, mas isso é papo para um outro assunto...
E ponto final!

sábado, 12 de abril de 2008

A dormência d'alma

Quero ver mais,
Daquilo que eu possa te mostrar
Não sou capaz
De imaginar no que pensar
Quero ter mais,
Daquilo que eu mereço
Pois a cada nova hora
Não vejo o sinal do meu terço

E vejo a dor
De quem não dói
Me falam dor
Eu sinto a voz
Me entrego em dois
Demais pra ti
Disseram que
Não era assim

E a minha paz
Voltou de ti
Só que não sei
Talvez perdi
Um todo ao som
Do que lhe digo
O som do adeus
Não é um grito

Eu peço ajuda
Eu corro em sua direção
Eu estou caindo
Me dê a mão
Hoje bem cedo
Eu vi a luz
Do que eu temia
Do que seduz

Naquele instante
De ver quem sou
Olhei no espelho
Que me chocou
Tentei mudar
A forma estranha
Tirei pedaços
Da essência humana

Desesperado e só
Tentei me dar
Mais uma vez
Sem nem pensar
Reflexando
A minha imagem
Refleti melhor
Outra bobagem

Hoje vou cantar de novo
A melodia em um tom a mais
Pra provar que eu desafio
A idéia sua do que é paz
E hoje quando eu cantar,
Vou emocionar toda essa gente
Pois sou descrente, imprudente
Satisfeito e contente

E afinal é assim que nascem os grandes sonhos
Da importância que se dá ao que é pouco
E é afinal assim que se unem os seres gêmeos
Gritando juntos pela dúvida, coragem do louco gênio

Eu não desisti
De ser o que me arrancam
Pois dor que sofri
São dores que me elevam
Eu não desisti
Eu só te enganei
E a ti e a mim mesmo
Sou sim o que sei

A dormência d'alma
Me tira do que sou
Me atira meus pedaços
Não me entrega o que restou

E mesmo assim encontro
Um motivo pra voltar
A ser quem sou
No meu lugar
Você verá
Melhor que diz
Que em meio as balburdias que a vida me dá
Serei feliz

Velhos amigos

O Sol nasceu no Acampamento
É hora de se divertir
Bandeira tremulando ao vento
Momento que me faz sorrir
Lembro de casa
A saudade aperta o coração
Mas tenho em cada líder
Um pai, uma mãe, um irmão

Eu brinco, grito o tempo todo
Depois eu faço arrumação
São sete dias tão incríveis
Que guardarei no coração
Vejo pessoas
Que são desconhecidas
Que nesse instante
São parte da minha família

E todos juntos cantarão
Pra você esta canção
Que fala sobre amizade
Amor, carinho e união
E quando a velhice chegar
Dos meus novos e eternos amigos
Irei lembrar...


* Essa música foi composta numa temporada de inverno de acampamento por mim... Talvez quem não tenha ido a um acampamento ache a letra inútil, mas para quem já viveu essa sensação tão incrível sabe a emoção aqui contida.

Amigando

Sempre que eu posso, me pego pensando em como estou triste. A depressão é algo ruim no mundo atual, onde as distâncias são dimiuídas pela Internet e espacialmente estão cada dia mais distantes. Mas daí você decide o quanto cada coisa vai te atingir. Calcula a importância que você dará para cada coisa. Decide o que terá maior valor, e se sente entregue. Imagina coisas incríveis para tua vida. Você até se esquece das pessoas que sempre estiveram do seu lado.
E nesses momentos você está passando momentos impressionantes, que de tão bons você nem tem tempo para aqueles que te suportaram durante tanto tempo. Mas você sabe que eles sempre estarão lá, sabe? E eles sabem que você está feliz como está, e respeitam isso!
Bom..
Mas chegou um momento duro...
A coisa impressionante acabou...
O teu destino pregou peças...
E agora?
Você volta com o rabo entre as pernas, e lá estão eles. Te esperam pois sabem do que você precisa. Sabem de cada palavra que irá ajudar. Te fazem rir.
Amigos são como aquele Atari guardado no armário. Você nunca joga, pois tem algo muito melhor. Mas sempre que você pega para brincar com ele, parece a melhor coisa do mundo. E não importa quantas pessoas passem pela tua vida, quantos problemas você tenha que suportar. Seus amigos de verdade nunca te deixarão na mão.
Ser feliz depende um pouco das escolhas que são feitas. Mas quem tem amigo de verdade, nada precisa temer, pois não importa quão dura seja a queda, quão doloroso seja se levantar. Eles terão a calma de dar as mãos, esperar o momento certo, e te puxar. Quem tem amigos de verdade, nunca perde.
Pois então, não se preocupe com seus amigo, tá?
Viva tua vida, e eles nunca se importarão em ser deixados para segundo plano.
Pois eles são anjos que existem para te defender e rir com você. E brigar com você. E chingar você.
Eles são os únicos....
A família que se escolhe...
Seu elo com a vida real...
Sua força oculta, quando a sua acaba....

terça-feira, 8 de abril de 2008

O Reino

Tendo em mim contradições
Eu tento outrora continuar
Em ver de mim o que eu não sei
E ver a porta e ter que entrar
No labirinto que eu montei
Com idéias minhas sem pensar
As armadilhas encontrei
E a dica dei prá ti

Vai chover
Devagar
E molhar
O labirinto de estrelas brilhando a luz do cantar

Tendo a estrada a conhecer
O labirinto a se estreitar
Idéias não são mais reais
São só o medo de enfrentar
O sentimento era o rei
Daquele reino sem razão
E agora não é mais real
O trono de quem padeceu

No quintal
A gritar
Um jornal
No castelo de idéias malucas deixadas por mim

Sinto que não pode ser agora
Que não sei sentir direito
Que sentir não é mais o centro
Dessa dimensão pirante
Desdobrada em sentimento
E decomposta por sentidos
Beijo, boca, olhar, ouvido

Sinto em mil por cento o que entendo
E sei que o seu sentir é forte
Em invadir meu labirinto
Com certeza irrelevante
A sua imagem em minha estante
E me lembrar de quanto é bela
E ter que olhar pela janela

E ver a chuva, aquela chuva que nos molha
Que nos molhou aquele dia
Em que eu desconstrui idéias
E que eu criei novos conceitos

E que eu me senti tão burro
Por não saber o que mereço
Interpretar a sua alma
Adivinhar o que cê pensa

E conhecer seu ascendente
E ver se gosta de cerveja
Ou uma taça de champangne
Com pouco gelo e uma cereja

E assim,
encontrar dentro de mim
O rei deitado no jardim
Contando estrelas com cuidado
E escolhendo as mais bonitas

Enquanto aquele labirinto
Dissolve ao iluminar do Sol
Que a tua luz é pra mim
Que a tua luz é pra minha alma

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Uma esmola, pelo amor de Deus!

Sabe qual é o problema de quem pede ajuda?
É simples...
Quem pede ajuda está desesperado, precisando realmente de algo que ele não consegue descobrir ou alcançar.
Quem pede ajuda está num estado no qual ele não consegue realizar nada sozinho.
Quem pede ajuda também necessita de algo que ele não tem.
O problema maior de tudo isso é que quem ajuda muitas vezes sente o poder nas mãos e se sente superior, com o controle da situação. Sem querer acaba humilhando o humilhado, pois pedir ajuda é se mostrar fraco.
Quando alguém te pedir ajuda, por favor, leve em consideração que ele realmente precisa de ajuda, principalmente em casos abstratos!
Afinal de contas, você às vezes pode ajudar muito. Mas nunca se esqueça:
Muito ajuda quem não atrapalha!
Ajude ajudando de coração, como faria com você mesmo, pois somente o ajudado sabe o quanto para ele é difícil viver com aquilo que sente!
E lembre que muitos já te apoiaram, e que às vezes ajudar alguém faz bem ao coração...
...se feito de coração!

segunda-feira, 31 de março de 2008

Medo

Medo que dá...
Em meados do medo, miados medrosos...
Medonho medo medido...
Mediano medo medicamentista...
M e d o
Medo do medo
Metodico medo monstruso
Métrico medo mordomo da dor...
Mendingo medo da mediocridade medonha...
É só medo.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Lembre-se que...

Lembre-se do novo cidadão
Que pensa novo e age novo
Que moderniza o inimáginavel
Que cria doenças, conceitos e idéias

Lembre-se do novo ser responsável
Que se responsabiliza pelo mal
Que se responsabiliza pelo bem
Que não faz nada prá mudar

Lembre-se também da nova massa
Que de homogênea não tem nada
Que não tem bom gosto
Que se alimenta do lixo mundano

Lembre-se dos pastores de algumas igrejas
Que fazem da bíblia um manual de instrução
Que transformam a fé em produto
Que te vendem um pedaço do céu por milhões

Lembre-se do político brasileiro
Que se sustenta com seu sustento
Que te manipula e controla
Que te defende e te rouba

Lembre-se da televisão
Que com o tempo criou vida
Que com o tempo pensou por você
Que te consolidou como burro

Lembre-se de você
Que lê esse texto e gosta
Que entende tudo isso e concorda
Que não tem feito nada para mudar essa bosta!

Lembre-se que, que ,que...
Lembre-se que, que, que...
Alguém, algum dia, algo irá fazer!

quinta-feira, 20 de março de 2008

Descobrimento dos contos mitológicos (ou simplesmente conversa interior)

Um belo dia você acorda e percebe que ninguém te leva a sério. Mas ninguém mesmo! Descobre que todas as suas idéias são motivos de risada em algum lugar, que suas propostas não são nem ao menos ouvidas. De repente você percebe também que todos tem medo de você. Percebe que te olham meio de lado, sentem receio de suas frases e sentem pena de você. Imagine ainda se você, além de tudo, tira máscaras, desconstrói conceitos, inibe suas mais profundas angústias e vê tudo se perdendo com a água suja que desce pelo cano.
Essência é algo delicado para se brincar, e fingir é algo que muito pode machucar. Mas quando se é jovem, se acredita em contos de fadas, que aliás existem! Mas nunca nos esqueçamos do lado negro dos contos. O mal não é feito por "malfeitores" de histórias infantis, e sim por pessoas comuns. É como quando você assiste televisão e o entrevistado afirma com todas as forças que "nunca imaginaria alguém como ele fazendo algo tão terrível". É claro que não! Pois vivemos acreditando que os vilões em nossas vidas tem verrugas, uma voz estranha, usam capuz... Não! A vida real é muito diferente!
Pois bem, depois de todas essas descobertas você se vê sozinho e sem rumo. Promete nunca mais acreditar nas pessoas. Mas um dia te contarão que você já foi um vilão. "Já fui?" você questionará. E num segundo ou dois irá perceber o quanto tua vida não tem um sentido lógico, do quanto é doído se sentir usado e logo depois a vontade passa. Os dois lados da moeda são iguais, mas o valor real dela só um lado mostra!
Ainda em sua auto-análise você tem que assumir seus defeitos. O quanto é cabeça dura em tentar resolver o que pela lógica não pode ser resolvido. Tenta criar soluções para o que não tem solução. Tenta encontrar caminhos para algo que não existe. No além do querer compreender, você busca novas discussões sobre assuntos nunca antes explorados. Daí desiste... Tenta analisar a situação por outra óptica, busca uma nova vertente, outro rumo. E tenta ceder ao que não se muda. Modificar conceitos gera batalhas internas, externas em todos os aspectos e setores na sua vida. Transformar azul em verde demoraria séculos. Chamar avião de "Tolear", eternidades. Já mudar uma essência é talvez matar alguém! E você que se descobriu como verdadeiro tenta mostrar aos outros o caminho certo para a "sua" verdade, mas se esquece que aquela é apenas a "sua" verdade. De mais ninguém!
Olhando de novo e analisando mais de perto, você nota o quanto errou. Você já sabia o que ia acontecer. Sabia do seu carácter impositório e meio ditatorial, pois encontrou em si a sua verdade (ou assim acha que aconteceu) e quer impor isso aos quatro ventos como verdades absolutas. Liberdade não é a tua palavra chave, oh grande descobridor de mistérios do mundo? Independência não é o que busca, oh grandissíssimo idiota?!
E no meio dessa balburdia você tentou se explicar. O outro lado interessado, também na maioria jovem demais, ou velho demais (pois você sempre bota a culpa em alguém ou em algo) já não se importam mais com seus comentários. E no círculo de idéias você descobre porquê riem de você, porque te debocham. Você que defende uma idéia, você que sofre com o mal alheio tem que se lembrar o quão dolorido é quando fazem isso com você. Tudo bem que o outro lado interessado vive te impondo coisas, mas quem se deixou levar foi você! Você mesmo, no limiar entre a loucura e a insensatez deixou tudo em pratos limpos, abaixou a poeira e cedeu. E ninguém ao menos interferiu. pois você estava sozinho, já que o egocentrismo domina o mundo, o individualismo é o mal do século, aspectos que você, como qualquer outro ser humano carrega em seus gênes.
Você acha que tem mesmo que querer controlar tudo para que tudo seja perfeito como tudo que você deseja? Não se esqueça que às vezes, a média não é a metade, e sim o equilíbrio entre duas opiniões.
Pense nisso e simplifique um pouco seus conceitos, pois só assim poderá ter esperança de ainda ser feliz!

quarta-feira, 19 de março de 2008

Outros autores... (em detalhes, as minúsculas!)

o primeiro beijo...
acho q vou me apaixonar por vc...(é aconteceu)
que boca (um pensa e o outro fala)
e assim vai...
cara nos dois somos muito parecidos... (eu não imaginava o quanto)
gosto cada vez mais de vc ( e eu cada vez menos desse pato)
eu gosto de...(eu também)
e de.....(tb )
EU TE AMO ...
EU TE AMO...
QUE?! EU NÃO OUVI (e realmente não tinha ouvido...)
EU TE AMO!!!
nada vai nos separar... (quase nada...rsrsrsr)

quinta-feira, 13 de março de 2008

A Onda Gigante

O homem tinha custumes típicos de quem vive a vida simples, não-metropolitana ligado às coisas que a vida lhe proporcionava, com um jeito simples de falar mas com a complexidade profunda de quem é ligado a essa terra. Pescava, o homem para matar a fome da família e para a distração pessoal. Pescava também pelo rito que travavam a água e o remo. Duas formas diferentes , se agarrando em sintonia surreal para transformar as águas em estradas. A cada nova remada um efeito estranho saia do seu remo. Parecia que eram formadas pequenas ondas com o objeto. Mas elas eram tão pequeninas que ninguém se atentava em tentar entender, a não ser alguns cientistas doidos que o homem nem sonhava em conhecer. Mas o homem simples não tenta explicar os acontecimentos naturias, e nem conceituar nada.
Um dia ele sonhou com uma onda gigante, criada graças a soma das pequenas ondas geradas pelo seu remo, e seu corpo estremeceu. Acordou com um brilho no olho, porque ele já sabia que "Rio Tranquilo" não tem "Onda Gigante"! Mas naquele dia algo estranho ele sentiu, e saiu depressa em direção ao rio. Lá chegando pegou seu barco e pôs-se a remar. Remava com toda a sua força, mandando a onda com vontade para bem longe dali. Remava também o mais rápido que podia, pois imaginava que quanto mais ondas pequenas conseguisse, maior ficaria a sua onda gigante. Remava mais, e com mais força. Seu braço doía. E ainda remava. Naquele dia, que depois virou noite, o homem não ousou pescar , mas remava incessante em busca da tal "Onda Gigante".
E não se esqueça nunca, meu caro amigo, do que direi por agora, pois a simplicidade do homem gerou um rebuliço enorme, e um belo acontecimento. Imagine que chegando em sua casa, o homem se deparou com o seu filho molhado e assustado nos braços de sua esposa chorosa, mas com um brilho nos olhos de alguém que teve um sinal divino que se deve ter esperança.
- Fiquei sabendo da tua travessia sem sentido - gritava sua esposa - remando sem rumo, nem comida trouxe! Por causa disso, nem ficou sabendo do acontecera com teu filho, que correu hoje fugido de mim para cair nos braços do rio! Aquele rio que nos alimenta, parecia querer se alimentar de nosso filho...
Contou ainda a mulher que a correnteza puxava seu filho que se debatia por não saber lhe dar com a água. Já desesperada e triste, começou a orar para os céus para que a ajuda pudesse chegar de Deus, já que nada mais poderia fazer! E num momento sublime, a água parecia ser assoprada por um anjo milagroso. Era um sopro bem lento, que aos poucos levava seu filho de volta a margem do rio. E de novo nos braços da mãe, ela agradeceu aos céus pelo rio santo que trouxera seu filho de volta, graça ao sopro do anjo.
O homem olhou nos olhos de sua esposa e uma lágrima caiu. O sopro do anjo foi feito em um ritual simples, entre água, remo e coração. Nunca imaginou o homem que algo tão simples transformaria suas remadas na tal "Onda Gigante". Tão gigante quanto o sopro de um Deus.

domingo, 9 de março de 2008

Peccata Mundi - Só mais uma coisa

... e sorria sempre!

Peccata Mundi

Pecado da gula
ao desejar todos os sabores
deste reino inexplicável.

Pecado da avareza
ao desejar todos os saberes
deste reino inexplicável.

Pecado da luxúria
ao desejar a beleza do conhecimento
deste reino inexplicável.

Basta pecar
para padecer
neste paraíso que é
o reino inexplicável.

Dane-se os pecados...
Salve!
'Slava'!
Viva o reino inexplicável do prazer!

* Esse texto foi gentilmente cedido por meu caro amigo Filipe Rossi, futuro pedagogo, atual educador, músico, e futuramente um dos maiores nomes da educação no país... Pois sente prazer em ensinar! Mas um no meu belo círculo de amizades...

sábado, 8 de março de 2008

O canto da vida (do gregoriano ao popular)

Quero um acorde novo prá viver
Em um novo tom para ser melhor
Algo maior prá ser feliz
Ou melancólico menor

Um novo ritmo no peito
Em allegretto ou coisa assim
Quero um compasso em oito tempos
Talvez maior prá não ter fim

Eu quero ter meu medo exposto em trilhas de terror
Quero ouvir a musiquinha do elevador
Quero o canto do mocinho no beijo de amor
Quero a música que marca um momento de dor
Quero a trilha da vitória, no domingo a cena
Quero a música que ostenta o amor ao meu Brasil
Quero ouvir o som que canta a moça de Ipanema
Quero ouvir o som chiado lá do meu Vinil

Quero uma pausa pequenina no mesmo compasso
Que aquele acorde louco veio e trouxe a lágrima que cai
Aos poucos deixa tudo igual
E quebra a genial mudança de um ritmo simples
Em harmonia gregoriana com meu popular
Aos poucos deixa tudo igual

Musicalizando a vida é uma obra prima em ascensão
Que um menino estranho escreveu sem razão
E em cada nova estrofe uma nova emoção
Façamos da nossa maneira
O nosso mais belo refrão

Todo acorde que nasce não pensa em agradar
Mas na soma das notas faz iluminar
A barreira do som eu posso ultrapassar
A música não vai parar
O som que faz a multidão pular
Melodia que faz o povo inteiro cantar
Que em uma nota fez a maldição quebrar
A música não vai parar

Não deixe a música parar...

A tendimento M oralista O stentando R aridades

verdades malucas sobre o que pensar sobre os vários sentimentos. Um dia desses conversei com uma amiga sobre o amor. Num ponto concordávamos: existe amor entre familiares, entre amigos. Mas quando se trata de relacionamento, a conversa pareceu um pouco mais complexa. É complicado tentar traçar linhas entre amor e paixão, e é ainda mais difícil saber quando se está exagerando, ainda mais quando se é exagerado por natureza.
Como não existem máquinas que definam quem está amando, e isso varie de pessoa para pessoa, a única coisa pela qual também concordamos é que o amor é um sentimento bom.
Pois bem, agora a minha idéia desse sentimento:
Eu sou sim um daqueles que talvez "banalize" o uso dessa expressão, e o faço consciente de meus atos. Pois acredito que o que se sente tem que ser externado, até porque transbordar no mundo moderno que te acumula de informações não é lá tão impossível.
Além do que, tirando algumas exceções, não existe quem não gosta de ouvir que é amado. O problema não está no emissor, e sim no receptor que muitas vezes transforma isso em alguma assinatura de contrato. O amor é um sentimento belo, que não se é impossível de sentir, mas não significa que você será da outra pessoa. Amo minha mãe, amo minhas irmãs, amo meus amigos, assim como amarei a mulher que está do meu lado.
Porém, no meio dessa confusão, ninguém entende o desamor, e explicarei de uma maneira bem simples:
Você quer muito comer bolo. Você ama bolo. Você come metade do bolo. Você não deixou de amar o bolo. Mas você não quer mais comê-lo... (bom, esse exemplo parece tão cachorro, né??? Bom vamos esquecer isso, tá?)
Bom, sem exemplos é melhor... Não é porquê um relacionamento acabou que o amor acabou. Mas sim a vontade de ficar, a paixão.

Huuuuuuuuuum... entendi.
Amor e paixão andam juntos....
Quando se ama, se ama e quer bem.
Quando se está apaixonado se quer o outro.
Quando a paixão acaba, não tem como ficar junto.
E quando amor acaba, também não...

A solução é a seguinte: Mandarei esse texto para a Capricho!
(quem sabe de uma graninha!!!!)


PS: Diga que ama todas as pessoas... Pois se todos fizerem isso ninguém mais será iludido, e todos amarão a todos... Bonito, né?

sexta-feira, 7 de março de 2008

O Mundo dos Adultos - Parte 2

Mas sabe do que eu gosto? De colocar a cabeça na sacolinha de supermercado!
Quando eu era criança, minha mãe quase me batia quando eu fazia isso, agora eu faço a hora que quero!
Foi legal nos primeiros três dias, depois perdeu a graça...
Depois foi a vez de comer monstruosidades!!!!
Antes minha mãe brigava comigo graças as minhas vontades estranhas, hoje eu como o tanto de doce que eu quiser!!!
Foi legal nos primeiros meses, mas depois eu engordei muitos kilos e ninguém mais queria falar comigo!
Bom, mas no mundo dos Adultos é assim mesmo...
Seus sonhos infantis são destruídos e daí a gente destói o sonho das nossas crianças!!!
Mas isso nós chamamos de "Educação"!

O Mundo dos Adultos - Parte 1

Hoje, pela vigésima vez meu telefone tocou, e pela vigésima vez tive vontade de jogar o meu vigésimo celular contra a parede!
A cotação da bolsa tem haver com o meu bolso furado que chove moedas pobres enquanto corro, pois meu atraso já passa de 30 segundos e pela vigésima vez olho no relógio e imagino como o odeio!
O tal relógio que me controla e me limita.
Busco um lugar apertado em um ônibus apertado e quente, pois o carro que quebrei com minha marreta após um trânsito de 5 horas ainda está no conserto... (o seguro não cobria "Surtos Psicóticos". Esses caras de seguradora não tem jeito mesmo, safados!) Encontro ao lado da senhora gorda que gritava a todo pulmão para quem quisesse ouvir o quanto odiava aquela situação, e como se ela fosse realmente e única a ter esse sentimento.
Fecho os olhos e me lembro do tempo em que eu, ainda criança, brincava de pic-esconde e como aquilo me deixava feliz, mas infelizmente meu único pic-esconde acontece com meus cobradores. Mas uma vez meu telefone toca e eu atendo:
- Olá... eu poderia estar falando com o senhor Alexandre Sansão?
(aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa)
- É ele. Poderia estar sabendo porquê você quer falar com ele?
- Eu só posso dizer se for com ele.
(o que dizer numa hora dessas, né?)
- Sim, sou eu... Pode estar falando.
- Bom, é que o senhor tem uma pendência na tua conta telefônica e eu gostaria de estar agendando com você o pagamento da mesma, pode ser?
(é esse o momento que eu mais gosto)
- Bom, eu sei que estou com tal pendência... Mas irei pagar em breve, pode ter certeza.
-Mas eu preciso de uma data.
(Uau! Uma frase sem gerúndio!!!!)
-Pois bem pagarei depois de amanhã.
-Então, ok. Vou estar agendando a data para que você possa estar acertando sua pendência. Quer saber o valor?
(tu, tu, tu, tu, tu)
Claro que eu não quero saber o valor, e claro que não vou pagar em 2 dias!

Mas no mundo dos adultos, a hipocrisia (sinônimo de diplomacia) é válida e aceita!

O jogo do tempo

Na reviravolta que o tempo não cansa de dar tenho outra vez vontade de jogar tudo para o alto a procura da minha sanidade, solidez. Do tempo em que pessoas eram boas e que sonhos, bonitos. Do tempo em que ser feliz estava em coisas simples e coisa do tipo. Hoje, busco inconsciente novas verdades, novas decisões e caminhos que me levem a novos acontecimentos. Eu só queria ser feliz uma vez na vida, e só queria que esse sentimento fosse eterno, poxa. Será que é pedir muito?
Vou largar tudo e correr atrás da minha felicidade, pois tenho certeza que com mais felicidade terei mais energia. Com mais energia serei um melhor profissional, me alimentarei melhor, estudarei mais, me empenharei mais, serei mais empolgado, atencioso... conseguirei uma promoção, vou postar mais para meu blog, vou ficar rico cantando, vou escrever livros e livros... A minha felicidade está a um passo daquilo que eu desconheço, mas está tão perto quanto eu imagino estar!
Minha felicidade está no fim de semana, gurdado de quanto em quanto por alguém que quer minha felicidade, mas não me dá nada pronto!
A luta diária é contra o relógio que não quer andar.
Novamente a insanidade toma conta do meu corpo, e o mal é outro... o foco é o mesmo, mas as palavras doem...
Porquê as pessoas tem passado? E porquê a gente pergunta sobre ele?
Porquê as pessoas perfeitas umas para as outras não olham um dia no berçário e decidem ficar para sempre juntas?
As dúvidas e as incertezas são muito belas, até certo ponto.
Pois é de muita coisa mais que o mundo, o meu mundo precisa.
Você pode até não entender nada, mas sentirá a minha revolta em cada palavra que lê.
Por quê eu simplesmente não posso ser feliz em paz???
Pois bem...
Só mais um minuto, mês (melhor dizendo ano)

domingo, 2 de março de 2008

...

Ontem foi um daqueles dias que realmente entram na história!
* Eu disse que Chicohamburguer era melhor que Joakins! Daí demorou mais de uma hora para comer meu lanchinho... (e ainda passei mal!)
* Na hora de entrar no Joakins a moça liberou a mesa de fumantes (mais a Flavinha não gosta de cigarros) escolheu outra mesa por si e gritava rindo feito louca!
* Saímos de lá com o carro, que acabou a gasolina no meio do caminho!
* Fomos andando do Obelisco até depois do Círculo Militar para comprar álcool! (com a Flá se retorcendo por culpa do lanche!)
* Não tinha saquinho para álcool!
* Compramos uma garrafa d'água que tivemos que jogar fora (culpa do lanche que nos entupiu!)
PS: A Flá se desentupia durante 20 minutos enquanto isso!
* Voltamos andando para o carro!
* O carro andou...
* Chegamos na casa da Flá e o0 lanche fez efeito em mim. (por coincidência, nesse momento conversava com a família dela sobre outros acontecimentos estranhos como esse)
* Aqueles 10 minutos se transformaram em eternidade!
* Corri num momento pois não me aguentava!
Ps: Cheguei há tempo!
Ps2: Provei que o Chicohamburguer é melhor que o Joakins!

FIM

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Dois pontos, parágrafo de dois dedos na outra linha...

- Acorda!
- Oi?
- É hoje...
- Hoje? Mas porquê não me avisou antes?
- A surpresa fazia parte dos meus planos...
- Mas não é tanta surpresa! Eu já imaginava!
- Então, venha cá... Pegue isso e me siga.
- Não farei isso.
- Porquê?
- Pois a falta de preparação me faz sentir medo.
- Medo? Mas isso é coisa boa?
- Claro que é! Me proteje do perigo.
- Perigo? Mas isso é coisa boa?
- Claro que não, por isso o medo é bom...
- Mas se o perigo não é coisa boa, o medo é realmente incrível! Só não entendendo como algo bom como o medo, pode bloquear minha linda surpresa!
- Mas pelo menos me manterei salvo...
- Mas você prefere se manter salvo sem nunca correr o risco de talvez ser feliz?
- Mas eu não posso me machucar.
- Mas isso não te faz fraco?
- Fraco não. Mas não me deixa forte, já que eu não preciso, já que o medo me tira do perigo.
- Mas quando se é fraco, até a menor coisa se torna um grande perigo! Bom, quer saber. Fique aí mesmo! Mas no fundo, bem no fundo, eu acho que "perigo" é melhor que "medo", pois a minha surpresa era realmente boa!
- Obrigado mesmo assim, mas voltarei para minha toca. O calor me proteje e o medo...
- É, eu já sei. O medo te alimenta!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Síntese dos dias perfeitos

Me arrisco a dizer
Que é simples ser feliz
Quando em uma bela manhã
Alguém acorda ao teu lado e diz
Que hoje sonhou
Com uma bobagem imensa e te sorri
Te abraça forte e sim
Te olha prá te ouvir

Um belo olhar
Sem promessas mil
Garante que estar com você
É uma escolha que sentiu
Com frases lindas
E comentários sem igual
Promete não se separar
Por uma escolha tão normal

Te vejo outra vez no Carnaval
Comendo bobagem, falando besteira
Sentindo-se leal

E Então te olha a alma
Te chama e diz distante
Que nada irá mudar
Nem um segundo desse instante
E que se um dia algo
Separar esse casal
Serão nossos filhos que por entre nossas pernas
Nos separam e nos unem por igual

Te escolho pois te quero, e não por nada mais
Te quero pois te escolho cada dia mais!

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Vida Leve

A moça falou que era fato
O fardo que ela carregou
Fatídico dia forjado
Focado no homem que um dia amou
E a moça sentada num canto
Lembrando a canção que cantou
Mas também não se prende no pranto
E trouxe alegria que então se lembrou

Sorriu pro menino descalço
Prá moça que o carro molhou
Para um velho deitado na rua
E pro ar que então respirou
Se achou a mulher mais feliz
Uma coisa que jamais achou
E virou uma mulher mais linda
Mal caiu e depois levantou

Vida Leve,
Leva tudo que levou
Um bom tempo prá ser grande
Tão grande que virou dor
Vida leve,
Me leva prá longe daqui
Na beleza de um breve sorrir
Pois ser leve é poder ter amor

* Bom isso é para ser um samba... eu ainda não consegui pensar na segunda parte!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Frescurite aguda em terceiro grau

Qual a vantagem de ser bom
Em tudo que se compromete fazer?
Do que adianta ter dom
Ensinar todo mundo viver?
Do que vale tudo isso
Essa gana de poder?
Se na hora que o inimigo sou eu
É quase impossível vencer?

Minha luta é diária
E não sei no que pensar
Mas difícil é tentar saber
O que amanhã vou enfrentar
Tenho um problema estranho
Transtorno de frescurite aguda
Em terceiro grau, o mais grave
Que é quando sua vida muda

Meu problema um dia falaram
Não me lembro se psicográfico
Psicodélico, psicografado
Psicotécnico, geográfico
Só lembro que a doutora disse:
"Deixe os problemas de lado
Lute contra os seus medos
Não se faça de coitado"

E na luz fraca daquele dia
Tomei uma decisão
Resolvi encarar sozinho
Esse tal de "não sei não"
Tomei uma atitude drásticca
Não puderam me segurar
E com todas minhas forças
Comecei tudo mudar

Tirei tudo que tinha ponta
Que pudesse me furar
(até agora não sei porquê
Pois nem queria me matar)
Me mudei do décimo primeiro
Para uma casa com um andar
(também não entendi direito
Pois nunca iria me jogar)

Peguei as fotos da menina
A que um dia me fez chorar
Taquei tudo na fogueira
(o porquê nem venha me perguntar!)
O meu cabelo cortei
E boné comecei a usar
(essa sim teve sentido
Só que agora não vou lembrar)

E depois de tudo isso
Fiquei sentado em meu lar
Assistindo televisão
E esperando tudo passar
Quando mais que de repente
Uma ficha me caiu
Foi naquele exato instante
Que meu cérebro descobriu

Que era ele que criava
Essa história descontente
Pois não importa o que faça
Nem a forma que tente
Ele vivia num corpo
Que ele próprio machucava
E ele usou ele mesmo
Prá entender o que tramava

"Se você é mesmo forte
Aguente a si e a esse tormento
Pois o obstáculo que crio
Te faz crescer nesse momento
Você sempre se gabou
De ser capaz de vencer sempre
Então agora se mostre forte
Irá sofrer, mas vai virar gente"

É senhor cérebro...
Você tem mesmo razão
Eu pareço doente dos olhos
E descrente do coração
Eu preciso de alimento de espírito
Talvez um pouco de oração
Quem sabe se eu me mexer
Essa merda passa prá eu ser são.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Transtorno de ânsia do desconhecido (Parte 2)

No ritmo do dia paro e me distraio com o menino descalço que já contei comer 7 hot dog's com o mesmo discurso de fome e necessidade. Enquanto uma criança linda come seu único Mclanchefeliz, que é dado por uma babá sem o consentimento da mãe, pois ultrapassará o número de calorias necessárias em um dia para uma criança de 5 anos, segundo aquela pediatra solteirona.

Criança: substantivo não sei se simples ou composto, mas complexo e intenso.
Adulto: uma criança velha, inadequada, hierárquicamente superior graças ao poder.
Poder: Fazer com que alguém siga sua vontade mesmo que essa não seja a sua vontade;

Entre adjetivos, verbos e toda essa baboseira, me entrego ao desejo infantil de ser qualquer coisa. Um astronauta que vai rumo a Neturno em busca do tesouro perdido, o pirata mais poderoso dos 7 mares, um avião, um cachoro, e tudo que minha imaginação permitir. E me venha com suas milhões de regras que me farão crescer, me tornarão grande, e aos 9 anos poderei ser presidente de uma Multinacional. Que tal?
Brincar é ócio de criança preguiçosa. Imaginem só que ainda existem alguns "Hippongas" que dizem que brincar é necessário. E o futuro? E o dinheiro? E o Status? E toda essa merda que nos torna cada vez mais competitivos, drogados, imunes, depressivos e extressados?
Mas temos sim diversão... Fingimos lindos passeios em lugares incrivelmente artificiais. Damos educação aqui e empanturramos com lixos suas cabeças. Damos cultura ali e a destruímos com um estrangeirismo sujo que desvaloriza nosso povo. Ensinamos a não ser egoísta e mostramos a importância do "ter o seu".

Mas se formos comparar agora os dois casos, fica muito difícil saber quem é mais feliz (ou quem é feliz de verdade). Realmente me embaraço ao tentar entender. De um lado uma burguesia moderna que segue tendências de cultura nacional "estrangeiristas", assistencialistas em lugares extremamente sofisticados com pessoas da alta roda comendo caviar e fazendo bingo para ajudar os pobres miseráveis, mas fecha o vidro do carro depois do espetáculo daquele "negrinho". Uma elite que finge humildade e esbanja hipocrisia. Do outro uma periferia suja, sem vida e perspectiva, sem dons, sem o prazer da cultura. Sem busca por ideais, sem idéias. Lutando por igualdade, e quando chega ao topo, pisa e cospe em quem está embaixo. Não estou generalizando em nenhum dos caos, mas digo com firmeza que falo da grande maioria. Pessoas como o rapper 50 cent's deveriam se lembrar da luta passada e não disseminar entre as pessoas de baixa renda a violência, o consumismo, o roubo.

Porém, atualmente em todos os paladares e lares o que amarga não é a desigualdade, e sim a pobreza. E a pior delas, o mal do século, o câncer no mundo.
A pobreza de espírito.

Divagando (fantasiando e devaniando)

O ser humano infatiliza o que não consegue enfrentar e força uma fraqueza transformando suas decepções em acusações aos outros. Qual a dificuldade que existe em querer ser feliz? O que move uma pessoa que pretende destruir outra pois não conseguiu o que queria? Qual o problema em ter maturidade para conseguir compreender que nem tudo é como queremos?
A vida é uma eterna lição que atravéz de coisas simples tenta ensinar a complexidade de todas as coisas. Avaliações diárias decidem o que você será no futuro. Mas quando a vida te dá uma rasteira, não se culpe, nem culpe a ninguém. Não ameaçe e nem critique as pessoas. Tudo tem um porque, e tudo sempre teve. As coisas ruins e boas dependem pura e simplesmente do ponto de vista e do estado de espírito.
Se você não consegue ter equilíbrio tentando encontrar beleza nas pancadas que a vida lhe dá, você pode se considerar um ser humano sem sentido, que não consegue parar para analisar o lado positivo do mundo. Viva o lado bom da vida e aproveite o ruim, pois é na beleza do erro que nascem os acertos mais certos, e as vitórias mais belas.
Pois não adianta ter o bom, o certo, o bonito, se você nunca conheceu o lado contrário de tais conceitos. Isso não é um texto filosófico, e nem tento aqui ser artístico. Isso é apenas um desabafo de um ser que tenta todo dia ser o melhor possível, mas que erra e que cresce com isso. Boa sorte, e pense nisso.
(e seja feliz)

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Transtorno de ânsia do desconhecido (Parte 1)

A vaga lembrança me toma pelas mãos e me torna ouvinte, telespectador de minha própria vida. A tranquilidade se transformou em sonolência e a adrenalinda abaixou. Deslumbrado com meu novo mundo, deixo tudo do instante que passou. A vagarosa vontade de vencer aliada de uma luta incessante. Divagando vou sem levar comigo nada, nem noto as palavras. Elas saem do meu punho em um punhado de asneiras que tanto nos fazem rir. E você confuso a cada palavra tenta prestar mais atenção. Pois direi por agora: "Desista!" Prefiro realmente ter meus escritos secretos pois enquanto você tenta entender, eu não perco tempo em explicar. Não vou utilizar técnicas, teorias, conceitos aplicados de formas claras, sem redundância, compacto e essa droga toda que limita o cérebro humano. Minha terapia corre as linhas de meu pequeno caderno vermelho. Cada palavra descarrega o peso contido em seu sentido. Cada novo parágrafo, esvazio alguns "megas" gastos de forma irresponsável por mim. Deleto em forma de frase e remonto na bagunça de idéias. Reflito na releitura e me embaraço ao tédio do que escrevo. Repetições são notáveis, distintas para mim. O uso corriqueiro de algumas expressões marca o que quero dizer. Resisto... e num grave pesar me mostro bem. Meus delírios são tão sãos quanto suas verdades...

A ilógica lógica

De quanto tempo o tempo precisa
Prá deixar meu tempo uma coisa precisa
Dispenso a dor, obrigado querida!
Mas crescer uma hora dessas é mexer na ferida

Experimente a experiência, viva o que já foi vivido
Descubra em ti a essência que o tempo lhe diz ao pé do ouvido
Não fuja do que te espera e corra atrás do impossível
Pois quem vive a vida fácil não conhece o que é bonito

Não pense só em grana, não custe nem seja vendido
É melhor ter o pé na lama, do que antes de começar ter vencido
Cada um a seu tempo, um tempo que não é perdido
Despontar prá chegar amanhã como outrora foi dito

Eu já senti medo, hoje um leve desespero
Mas amanhã o ócio será o meu bonito exagero
Acordo, corro, trabalho e o tempo não pára
Sonho, desperto, me canso e a verdade me ampara

Vislumbro lugares, pessoas, sentimentos
Sentidos, outros lares dentro dos meus pensamentos
Pois talvez na beleza das nuvens ou na visão de um rio imundo
Que eu perceba então a fundo, a ilógica lógica do mundo

O espaço , o vento, o tempo
Todos presos em um segundo

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Ratatouile

"Não é que qualquer um possa ser um grande artista
Mas um grande artista pode vir de qualquer lugar!"

* Cultura útil escondida dentro de um desenho infantil... adoro!

sábado, 19 de janeiro de 2008

V.O.A.R

Passo um pouco adiante e chego no momento histórico em que atitude tem haver com desespero. Desprezando tudo e todos, tenta de novo se tornar forte. Vida e contradições são dois lados contraditórios de uma mesma razão: a razão de ser.

Voar é característica de poucos, como os pássaros, pilotos, astronautas... Porém, corte suas asas, as que tanto gostam e querem bem, que seu curso terreno é despedaçado e sem essência. Vida e morte, o belo e o feio, inveja e amor ao próximo. O velho e batido, mas nunca esquecido, mel e fel.

Pois as asas são sonhos utópicos de quem não é ave, mas são dessas asas que os sonhos são feitos, pois é na utopia psicodélica que surgem as genialidades e as novidades, se desvencilhando de tudo aquilo que tudo aquilo deveria ser e espera, do fundo da alma, alcançar de alguma maneira um modo de lá chegar.

Asas batendo, altura, céu, vertigem, medo, queda, dor, decepção, novo bater de asas, novos horizontes, mais insegurança, asas batendo, concentração, voar, voar, e voar... Até o último e distinto bater de asas em encontro com a eternidade, que só quem é livre possui. O vôo descompassado rumo ao norte, norteados pela ânsia de ser grandes como o norte, voar céus nunca antes vistos e, como no norte, serem bem vistos pelo o mundo.

Mas não! Abandono a linhagem que faço parte e meu bando parti sem mim, e eu com minhas asas.

Não corte as asas daquele que ao voar sozinho, busca suas soluções. Dessa vez a queda é maior, todos te olham e riem da sua cara. E é nessa hora que o voar perde a beleza.
Imigrar em revoada, seguir sua vocação, impor limites... voar, apenas voar! Rumo certo, velocidade programada e altura delimitada. Se perde o prazer do vento na cara. O último vôo pertence a eternidade, o sonho de ser livre, a liberdade de sonhar: voar só por voar!

Encontrar e decidir seu próprio destino...

Prossiga a voar...

Cortem minhas asas e comprarei um avião. Destrua-o que aprendo a apreciar o chão. Acabe com a Terra que durmirei o sono eterno. E nos meus sonhos vou voar... Me desculpe meu amigo, nada pode lhe parar!

Mas as asas continuam a bater, que de encontro com o vento montam as estradas dos céus, tão sólidas quanto o asfalto. Solidez não tem haver com matéria, e sim com estrutura, com existência. E a existência é existir... E o que existe? Qualquer coisa!!!

Só bata as asas, mais nada!

Voar, voar, voar...

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Perdendo tempo ( ou as insanidades do desperdício)

Hoje a noite...
Amanhã de manhã...
Mês que vêm...
Futuro imperfeito
Mais que perfeito
Perfeito demais prá não ser hoje
Longe, distante, próximo, perto
Daqui a alguns segundos
Que já se passaram na frase anterior
Há horas infintas por chegarem
Num finito banco de horas
Que o tempo apaga a cada milésimo
A sutil diferença entre ontem e hoje
E a não mais existente vida no passado
Lembranças, lembranças e lembranças
Aprender a cada segundo o que o mundo se esqueceu
Se lembrar a cada hora tudo o que o mundo me deu
Ver meu Deus interior
Meu Deus supremo, meu ser
Se Deus quiser, se eu quiser
Se eu acreditar, se eu fizer
Amanhã de manhã ou hoje de noite
Ou no agora que não mais existe
No tempo em que tudo se percebe
Nada se teme, tudo muda
Num mudo e doído silêncio
Passaram-se mais algumas eternidades
Estou vivendo mais, ou meu tempo está acabando?
C H E G A ! ! !
Isso é perca de tempo, leia isso mais depressa
E peça logo a sua conta
ou de logout em seu orkut
Delete essa mensagem, ou saia do blog
Feche o livro ou mande parar de ler
Feche os olhos e sonhe
Acorde e viva, mas termine logo
O fim é importante, você entenderá quando lá chegarmos
E percebemos o quanto as palavras
Que nos fazem perder tempo
São palavras que nos fazem pensar
Talvez em como aproveitar nosso tempo
Pois bem, fica combinado assim
Esqueça tudo o que eu disse
Enquanto você lê essas palavras
Seu cérebro se esforça prá entender
E o esforço é belo, pois te faz pensar
E pensar é belo, pois te faz existir
E existir... É isso!
Agora sim decidi:
Esse texto não terá fim
Mas dou aqui uma parada
Para que você leia alguns e-maisl
Ligue para a sua namorada, namorado
Mãe, pai, esposa, marido...
Ver aquele desenho tão bom
Ou aquele lindo filme
Vai, aproveite seu tempo!
E entenda que o importante é agora
Então preste muito atenção:
Você não perdeu seu tempo
Você só conheceu minha opinião
Concordará ou não, daí é sua decisão
Porém o seu tempo chegou
Aproveite seu dia, boa sorte
Me dispesso por agora
Porque hoje a noite, amanhã de manhã
Algo bom vai acontecer
Pode até ser notícia ruim
Mas te fará crescer!
Boa sorte, boa noite
Bons sonhos e até mais ver!
Cinco minutos malucos
Onde eu mudei tua vida
Talvez dois, pois pedi pressa
E não se esqueça da sua prece
Ops... É verdade!
Porque mudei tua vida?
O que você faria se não estive aqui
Lendo palavras soltas que um dia escrevi
Outra coisa ou nada, mas isso é viver!
Amanhã é um novo dia, daqui a pouco também
A eterna novidade...
Bom dia, boa tarde...
AMÉM.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Mitologia Moderna

Todo esse silêncio
Traz consigo o vento
Decorando a noite
Trouxe meus tormentos
Em palavras duras
Doces em seus sentidos
Vem mostrar que além da Lua
Existe luz na escuridão

Tentei abrir a porta encostando em estátuas
Que depois criaram vida
E vieram em minha direção
Sei que tentei e não consegui
Encontrar saída
Pra está prisão

Toda força nula é forte
Prá quem quer o bem
Pois quem continua sua vida
Quer viver também
Basta acreditar
Que a Lua está no teu quintal
Prá poder ver
Que essa bagunça pode ser real

Duvido que você
Nunca disse que as estrelas
Só Brilhavam para vê-lo então feliz
Que alguém que pode te ajudar
Não precisa ser "um Deus"
Nem um anjo, nem ter asas prá voar.

Perto de uma obra
Que parece viva
Anjo que me guarda
Olhos que vigiam
Fotos em molduras
Belas recordações
Sonhos que retornam
Como repetições

Tentei abrir a porta
Conversando com um homem
Que ao lado das estátuas
Bateu palmas para mim
Sei que tentou
E não desistiu
Eis a luz meu filho
Você conseguiu

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

ATO IV: O CORTAR DAS ASAS

Caminhando o menino foi
Já que não podia voar
E disso ele tinha certeza,
Nem carecia de tentar

Um dia quando era pequeno
Mas pequeno do que hoje é,
Subiu num pé de abacate
Usando sua mão e seu pé

Com uma asa que ele criou
Que era feita de pena de sabiá
Que de uma em uma catou
Pra sua asa poder então criar.

Fez o molde em bambu levinho
Pois as penas em todo moldar
Amarrou-as em seu colarinho
E se preparou pra voar

Com intenção de ir lá pro céu
Falar com o menino que a terra criou
Sem medo das abelhas que rodeavam o mel
Ou da cerca de arame que construiu seu avô

Perguntar porque é que será
Que a água que tanto precisa
Um menino em algum lugar
Abre a torneira, (delicia!!!)
E deixa tudo vazar...

E essa água toda vai pro esgoto
E se perde na imensidão
Vai cair num desses rios sujos
Atolados de poluição...

E aqui ele faria certinho
Nunquinha que água iria estragar
Ia mesmo usar pra poder
As plantinhas podê-las regar

Mas como subiu lá em cima
E sua mãe lá de baixo gritou:
“Deixe de ser abestado meu filho!
Voa é coisa de passarinho,
Não Ter água coisa de sofredô”
Desceu da árvore, sentou e chorou,
E voar nunca mais tentou...

* Esse é um trecho de uma peça escrita por mim, na qual participaram também o Daniel e o Filipinho, chamada "Caminhos do mar". Eu realmente adoro essa parte, que mostra como os pais bloqueam os sonhos infantis. Enfim... espero que gostem!