Existe um lugar entre a zona de conforto e a zona. Esse lugar é vazio e frustrante. É quando nada te anima muito pra te tirar do sofá, ao mesmo tempo em que nada te garante a estabilidade de se poder ficar deitado. Nesse lugar o corpo dói, há desespero de se ter chegado a algum lugar e a certa loucura em não se saber se chegará a lugar algum. Nesse lugar, medianidade e mediocridade e hipocrisia e preguiça, dividem espaço com espasmos de rebeldia e raça. É como se o corpo quisesse se entregar e a mente quisesse se libertar, precisasse mais de cachaça. É um vagar sozinho, sem muitas esperanças e medos. Parece que tudo vai dar certo, mas parece que dar certo não é o bastante. Nesse lugar você não se preocupa se está feliz, se está comendo direito, se está dormindo bem ou com o quanto está bebendo. Nesse lugar você se fere ao fazer coisas que nunca imaginou que faria ou que poderia fazer. Se fere traindo ideais e ideias, traindo quem você pensa em ser ou pensava em parecer. Você segue meio desligado, e é perigoso, te alertam. É uma pré-depressão, uma mea-culpa intrínseca, um deixar-se sozinho enquanto rodeado, ou o contrário.
Nesse lugar, acredite, você pode repousar tranquilamente para acumular energias. A energia da preguiça, para depois destruí-la. A energia da dor, para curá-la. Palmas ao meu positivismo corajoso que da ar de medroso ao que escrevo. Depois me embelezo com meu melhor sorriso e minha melhor melodia, e o mundo aplaudirá a felicidade inesgotável daquele menino. ¡Qué Va!
Que menino complexo... Eu so vejo sorrisos!
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