sábado, 12 de abril de 2008

A dormência d'alma

Quero ver mais,
Daquilo que eu possa te mostrar
Não sou capaz
De imaginar no que pensar
Quero ter mais,
Daquilo que eu mereço
Pois a cada nova hora
Não vejo o sinal do meu terço

E vejo a dor
De quem não dói
Me falam dor
Eu sinto a voz
Me entrego em dois
Demais pra ti
Disseram que
Não era assim

E a minha paz
Voltou de ti
Só que não sei
Talvez perdi
Um todo ao som
Do que lhe digo
O som do adeus
Não é um grito

Eu peço ajuda
Eu corro em sua direção
Eu estou caindo
Me dê a mão
Hoje bem cedo
Eu vi a luz
Do que eu temia
Do que seduz

Naquele instante
De ver quem sou
Olhei no espelho
Que me chocou
Tentei mudar
A forma estranha
Tirei pedaços
Da essência humana

Desesperado e só
Tentei me dar
Mais uma vez
Sem nem pensar
Reflexando
A minha imagem
Refleti melhor
Outra bobagem

Hoje vou cantar de novo
A melodia em um tom a mais
Pra provar que eu desafio
A idéia sua do que é paz
E hoje quando eu cantar,
Vou emocionar toda essa gente
Pois sou descrente, imprudente
Satisfeito e contente

E afinal é assim que nascem os grandes sonhos
Da importância que se dá ao que é pouco
E é afinal assim que se unem os seres gêmeos
Gritando juntos pela dúvida, coragem do louco gênio

Eu não desisti
De ser o que me arrancam
Pois dor que sofri
São dores que me elevam
Eu não desisti
Eu só te enganei
E a ti e a mim mesmo
Sou sim o que sei

A dormência d'alma
Me tira do que sou
Me atira meus pedaços
Não me entrega o que restou

E mesmo assim encontro
Um motivo pra voltar
A ser quem sou
No meu lugar
Você verá
Melhor que diz
Que em meio as balburdias que a vida me dá
Serei feliz

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