terça-feira, 13 de maio de 2008

A força do pulo

Há sabedoria em quase tudo que se analisa com atenção e calma. As coisas podem parecer insignificantes num primeiro momento, porém, acrescentam coisas de valor inestimável à nossas vidas.
Um desses casos aconteceu comigo quando eu tinha uns dez, onze anos. Meu primo, um pouco mais velho com os seus dezesseis anos na época, estava andando de patins fazendo todo tipo de manobra enquanto a família reúnida ficava sentada assistindo ao seu Espetáculo. Num dos momentos, ele convidou um dos primos menores para um desafio: ficar deitado no chão para que ele pudesse pular a pessoa!
Minha irmã, a mais corajosa da turma, foi a primeira a se arriscar. Ele pegou distância, impulso e uma velocidade incrível, movendo suas pernas com muita destreza. Ao chegar a pouquíssimos centímetros de distância de minha irmã ele saltou, caindo muito perto dela do outro lado. Todos os parentes o aplaudiram e ele quis aumentar o desafio.
A cada nova pessoa que deitava ao lado de minha irmã, ele fazia a mesma coisa: Pulava quando chegava bem perto e parava sempre depois, mais também muito próximo do último da fila. Eu fui o último a deitar quando somados todos no chão o número já era de seis pessoas!
Quando ele terminou o último pulo, uma coisa me deixou muito encucado. Poxa vida, se ele conseguia pular seis pessoas, por que quando tinha apenas uma ele pulava tão perto? Não me aguentei e perguntei:
- Se você consegue pular tão mais longe, por que você pula tão pouco quanto menos gente tem?
Daí ele me respondeu:
- O meu impulso depende do número de pessoas que tenho que pular. Não vou fazer o mesmo esforço que faço para pular seis pessoas pulando uma só!
...
Outra pessoa muito importante e sábia, meu pai, sempre dizia:
"Mire a lua. Pois mesmo se você errar, já estará entre as estrelas!"

Parece então que que se na minha vida eu sempre objetivar obstáculos maiores, sonhos mais impossíveis, meu esforço para o "grande pulo" será muito maior. E talveza seja a estrela mais brilhante!

Daí sim, quem sabe, não teremos exclamações mais felizes, ao invés das obscuras interrogações...
Bom, mas isso é papo para um outro assunto...
E ponto final!

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