terça-feira, 10 de maio de 2011

Refluxo

Aliás, era sábado. Não, não comparo os dias, são do jeito que bem entenderem. Eram ótimos os sons de balões estourando. Festa tem que ser de sábado. De carro. Vibrantes, cores vivas voavam, os estouros eram ouvidos de longe. Era convidado de honra da minha festa surpresa. Dentro de um carro, chegando. Todos se transformaram em animais. 
O passeio para o zoológico, tão comum, tão que não. Zoom na câmera, zoom... Leões e girafas, paralelepípedos e suor e fome. Cabe na descrição a visão. Sem tato, cerca de trinta metros ou mais distanciavam os animais dos leõesratospirarucussaposcobras, tanto medo. Aranhas, mais de cem peludas,  corriam e se transformavam. Giganteávam-se. Demoníacas criaturas que corriam em nossa direção. Virei e vi um robô. Grande, vermelho, com luzes coloridas e ele pisoteu as aranhas aí eu atrás do armário estava escondido aí eu saí pra ver. Estava sentado mais vinham pizzas. Mas eles não entregam pizzas em Marte? As pessoas em volta falando e eu fazendo sexo com uma boneca que nunca vi na vida. Tomei um tiro. Tirei a bala e o blábláblá. Aniversário surpresa e todos comemoravam o fluxo primeiro. Corri atrás da bola aí eu, logo eu, fiz, vejam só, gol de placa. Era campeonato televisionado aí minha mãe ligou e disse parabéns. Aí achei que era ameaça, porque eu estava de castigo aí minha mãe brigou.
Era meu aniversário e passeando no shopping eu estava pelado e aí eu senti vergonha e me escondi atrás de um fliperama e era casamento da minha prima que eu nunca vi na vida e eu tinha 9 anos e pedia pra jogar e ninguém deixava e fui jogado na piscina só que eu não sabia nadar aí um barbudo que era um tio que eu também não conhecia me tirou da piscina e aí eu entrei de colete. Tinha 7 anos. 
Brincava com a boneca da pizzaria, peguei um carro preto cheio de brinquedo e acelerei na estrada e o carro caiu caiu caiu e eu com frio na barriga assustei. Devo estar crescendo.