Apresentação


A infância. A minha, eterna. A tua, caro leitor, reiniciará. Esses são textos primaveris. Neles há muito que de mim já se perdeu.  Muito. Sejamos justos com os momentos. Cada qual, no seu quintal. Primários, sem complexidades. São esses os que escolhi, que escolheram. Meus primeiros e mais singelos. Leia com a simplicidade de uma criança, ou nada verá.Leia sem preconceitos. Juro que tenho um projeto literário interessante. Ele começa pelo início, com esse amontoado de coisas separadas. Primaveris. Estrutura raquítica. Dá dó. Grandes literatos, senhores críticos, perdoa. Tudo começa. Começo pela ironia, que esconde muito do “eu”, esse maldito intrometido. Nada de novo. Amigos e familiares acharam tudo tão lindo. Sinto quase o que grandes sentem. Um monte de besteira, sem nexo. Há erros sintáticos, erros linguísticos, semânticos, fonéticos, morfológicos. Todos são afrmados como propositais. Tudo balela.

“Sentimentos em mim do asperamente
dos homens das primeiras eras...
As primaveras de sarcasmo”

Palavras Andradinas, meu caro. Que conheci depois do término de tudo. Encaixou. Filosofa do depois. Do que cabe. Coube. Adoto-a como minha, nesse primaveril momento. Espero que não entenda. Que tenha dúvidas. Mas que tenha o desejo de ler, por algum motivo. Num próximo momento, quem sabe um pouco mais de calor. As cinzidades vem com o tempo, com o cair das folhas. A frieza é o limite. Não sei será circular, não sei se há prosseguimento qualquer. Nem sei se alcanço o que aspiro. Inspiro-me no quadrado semiótico, nas AD’s e nas crianças. Nos modernistas, nos surrealistas, nos realistas, mas não faço nada além do que faço. Não tenho nada pensado de nenhum momento histórico ou teoria. Vago sozinho, tropicando entre léxicos, caindo em histórias prontas. Cheias de clichês. Deliciosa essa fase. Tempo de experimentar. Que cada uma te comova. Te enoje, te alegre. Embaixo de uma árvore, muda. Primaveris.

Nenhum comentário:

Postar um comentário