sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Já nem lembrava mais
dessa sensação de vazio
São tantas palavras
que caminho por elas 
como no lado escuro da Lua
Zero luz
Esbarro em palavras
Tropico. Nem cisco de ponto.
Durante tanto tempo, palavra muita
Hoje, palavra nada
Esqueço conectivos
Me escalo em cromáticas
Em espectros menores e de cinzas
Esse ano, tenho estado em combustão 
Tudo expontâneo
E exponencial
Não sei se tenho vocação pra Fênix
Espero que nesse espectro
Alguma cinza seja eu
Espero encontrar a palavra “Renascimento”
Que meu vôo traga movimento
Os anos tem sido difíceis 
Esse últimos, me jogam em distopias
E nem tô falando de política 
Eu que sempre falo
Falo
Falo
Falho
ObrigadoDesculpaDesculpaObrigado
Todo dia tem dia novo
Todo novo tem dia-a-dia
Não há rotina que não se torne comum
Mesmo o incomum sendo regra
Tenho medo. E esperança.
Mais medo. 
O que me assusta
Mais do que procurar palavras impossíveis
No lado escuro de mim?

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Calvário Pagão

Enquanto o mundo assiste

O passado renascendo

Vou criando paraísos imaginários

Dos quais insisto e acredito, me reacendo

Me atrevo a continuar entre vários

Aprendendo a reconhecer no rival um irmão

Como num calvário pagão

Do qual caminho ajoelhado

Em meu íntimo e particular coração

Por fora não: entrego-me de bandeja

Aos que acredito e aos que me enganam

Me engano com essências, mas não me encolho

Escolho sempre ideologias amplas

Não sou de ignorâncias confortáveis 

Não sou de mentiras afáveis

Sou de confusões construtivas 

E de o amor destruindo e reconstruindo 

Mas faço tudo de um jeito tão doído

Entre clonazepans e risotrils

Pensam ser spam meu modo hostil

E de tanto que escrevo e compartilho e repasso

Me enlouqueço num sutil recomeço

vou entre Marias, Joanas, palheiros

Entre esperanças, dores, dinheiros

Me perco entre peças e peço outro preço

E outra pausa, outra pessoa... é assim! 


Se eu preciso mesmo de algo

Esse algo podia gostar mais de mim





quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Rio de Sangue

Poema em áudio.

A PERIFERIA RESISTE!

Ego

O Ego te grita, irritante e irresponsável

Te diz que você disse o que não deveria

Te coloca em cada apuro

E tudo é puro "não saber": teu sexto sentido

Já se coloca como uma mentira sintomática

Sensível, te torna solitário em mais um solilóquio

Onde se acusa de não saber o que merece

O que não lhe pertence e o que não alcançará

Sensato, te apresenta centenas de sentenças

Todas as provas, sem ter o que contradizer

Aceita a certeza de que devia se calar

Ou que pudera ter dito

São tantos equívocos que, do nada, você se enfraquece

Se esquece de esquisitices que deram certo

De que talvez possa merecer sim

E que talvez possa alcançar sim

E que talvez, apenas talvez, deva tentar

Daí, tudo é negativa.

Até o mais sonoro sim, vira não

E o mais sonoro sino vira latido de cão

E todo e qualquer sensação de prazer

Se esvai...

Esvazia-se a alegria

O pote fica de lado

A música mais triste te enternece

E eterniza essa dor

Mastigue esse amargor

É da prepotência de achar que poderia

Não, menino. 

Se mete nas suas coisas

Se vira de costas pro que é e deixa de ser

Assim, do nada

Por medo ou desinteresse

Tem gente que precisa e confia

E você deve se encolher não

Se entristecer, talvez: cairá de novo no mesmo truque

E não a quem cutuque tanto ferida

Como você.

A lágrima do palhaço sempre combinou mais com você

Como vê, cômodo é ser o que sempre fora

E fora isso, vai à aforra: se diverte e inverte

Essa lógica: no fim da mágica noite

De algum dia ruim

Algo de bom há de vir. 

Confia em mim.


quinta-feira, 25 de maio de 2017

Pobre rico

Enterrem tudo de uma vez
O pouco que sobrou de quem não quis viver
Não serei eu a luz no fim da cova
Enterre de uma vez sem deixar prova

Enterrem todos de uma vez
Que a sua sujeira me envergonha
Imagine se a dona Tonha fosse um Fasano ornado
Não é pecado ver a dona tristonha

Não te faz bem
Você realmente não precisa
Ser alguém pra alguém que quer ser ninguém,
E mais nada

Enterrem logo de uma vez
Viver os dias lindos de um centro de glória
Tão perto da Ipiranga com a Avenida São João
Esses lixos urbanos, como ratos, proliferarão

Voltem pros seus castelos e fumem mais
Mas deixem esse pobre amigo rico em paz
Ele usa cocaína todo dia, mas trabalha
Indicado por licitações, batalha

Sol e chuva acorda cedo
Pra ganhar o seu sustento em notas emochiladas
é cada cilada, que ele entra pra nada
Pois pobre injusto reclama de ajuda privada

O lixo não entende
Que meu filho doente e seus exames
Farão dele um valioso chefão
Então quem tem mais valia nesse império de vexames? 

Vou dizer...

Senta, cidadão comum
A bunda na escada e tome um trocado
Não esqueça de economizar cada centavo
E faz a economia girar, entendeu?
Senta, cidadão medíocre
A bunda nesse chão gelado e acenda outra pedra
Mas faz longe daqui, num beco de favela
Onde meu filho compra o pino seu de cada dia

Que agonia ter que explicar
A falência estatal, todo santo dia



segunda-feira, 22 de maio de 2017

Egoísmo e utopia: ou me ajuda amar?

De cada 10 coisas que penso, 9 são sobre coisas minhas. Sou egoísta em minhas atitudes e tenho pensamentos (ora ou outra) altruístas. Ando na corda bamba da realização dos meus sonhos e da possibilidade ao menos remota de que todas as  pessoas do mundo possam sonhar.
Eu queria morar num castelo. Só meu e de quem amo. Mas queria que todo mundo pudesse sonhar nisso também. Não realizamos? Tudo bem. Miramos a Lua. Para se errarmos, já estarmos entre as estrelas. 
Meu pai me ensinou essa frase antes de virar estrela. Minha mãe me ensinou a respeitar todo mundo e ter os pés no chão. Esse alicerce me da uma força. É ar puro. É libertador! 
No mundo dividido, eu é que não vou dizer que não tenho lado. Não me calo. Sou de utopia sim, de sonhos impossíveis e de planos impraticáveis. Sou desses que realiza e que posterga. Que pretende e procrastina.
No fim, eu só queria que minha vida se ajeitasse pra eu poder fazer mais pelos outros. Sonho tolo: ninguém nunca alcança a cenoura. Ela fica lá balançando. A gente a segue salivando há séculos.
Menos tensões. Mais amor. Nam-myoho-rengue-kyo, saravá, amém e zaz. 
Religião e política e futebol e o que for. Discute comigo? Mas deixa eu te amar e me ame? Seja você quem for? Ou o que pensar? Vamos tentar que menos gente mate e morra? Luta comigo pra não ter mais que sangrar? 
Sonha alto, vai!? Que tal? Não num maior quintal, mais num mundo onde o mundo é o quintal mais bonito e é de todos? Vamos ter o que comer? Todos nós termos direito a ter saúde? Vamos ajudar as pessoas a lerem o mundo que as descrevem em letras que elas entendem, escrevendo conteúdos pra que elas entendam? 
Vamos viver esse sonho? É um passo.
Depois o outro.
Vamos reaprender a dançar do primeiro compasso. 
De mãos dadas, passo a passo. 
Num abraço coração com coração.
Vamos ensinar e aprender sobre dar sem receber e sobre ter (e sentir) gratidão?
Não quero pensar no meu irmão que passa fome. Quero que ele coma. Limpe o prato lambendo. 
É utopia!? Que seja! Mas é que na minha mesa tem rango e tem prato na minha pia. 
Eu ainda posso sonhar no sonho dos outros... 
Com fome a gente só precisa comer. 
Com sede, beber.
Pra sonhar é preciso não estar preocupado demais.

Que o livro e o prato alimentem muita gente.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

O que importa

E nas mais profundas camadas, não importa o quanto fuja. Menos ainda importa o que o mundo fez com você, nada importa. Pouco importa o quão cruel foram as suas relações e quão duro você tenha se tornado. Ou se as dores foram mais que tropicões, mais do que topadas na quina da mesa, nada importa. Que a sua profissão te fez menos ou mais humano, ou se a alta do dólar te atingiu ou não, quase nada disso importa. Talvez importaria, mas não importa, quantos amigos você fez ou o que você tem deles. Ou se você foi sendo mais ou menos violento, ou amando mais ou menos as pessoas. Desimportante é saber se as coisas te deixam mais ou menos feliz, se as lutas foram duras ou se simplesmente tua vida anda fácil, nada importa. Menos ainda importa se você está ganhando mais ou menos dinheiro, ou se a tua alma anda mais ou menos alimentada pelo bem ou pelo mal. Se você está rezando mais ou menos, se não está rezando. Se comprou ou não aquela roupa cara ou aquele carro dos sonhos. Se a mulher mais bonita está ou não olhando para você, ou se realmente alguém está olhando para você. Se te aplaudem ou se te vaiam, importa não! Se anda cantando menos ou mais, se tem aprendido algo novo ou se não tem aprendido nada. Ou se anda reproduzindo coisas legais que aprendeu há pelo menos 10 anos atrás, mas que impressionam algumas pessoas. Ou que te olhem admirado ou não te olhem, que te respeitem ou não, se curtem o que diz ou não, se viaja para lugares legais, para lugares incríveis ou se não viaja. Se a dor de cabeça e o peito apertado estejam te enlouquecendo ou se não liga mais tanto pra saúde. Se toma mais remédios ou menos, se se droga ou não, se bebe, fuma, ou se transa por dias consecutivos ou não transa há séculos, se dorme bem ou mal, se tem medo de avião ou medo da morte ou medo de nada. Se a vida parece mais ou menos bonita, se a família tá perto ou se está longe ou se não está. Se os seus sonhos estão ou não se realizando, se está perdendo ou ganhando amigos, ganhando ou perdendo glamour, ganhando ou perdendo matéria, ganhando ou perdendo peso. Se anda longe ou perto, se parece distante ou cansado ou se a poesia não te atinge mais como o horóscopo, ou se não tem tempo nem mesmo para isso, não importa, não mesmo! 

No fim você nunca deixa, apesar de tudo, de ser o que, no fundo da sua alma, você sempre foi. 

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Redundância

Medo. Uma das minhas temáticas preferidas. Prefiro outras, de fato, mas não há porque fugir. Ou há? Fugir do medo não é ser corajoso, né? Ele fica lá, esperando a oportunidade de aparecer. De tudo se foge. Dele não. Ele é traiçoeiro. Fica na espera de alguma situação repetida, só pra poder florescer. Ah! se todo sentimento humano tivesse tamanha destreza. Como amaríamos? Como seríamos felizes... 
No alto de uma longa montanha, sem cordas e sem segurança, você pode se sentir calmo e seguro, se assim o medo quiser. Na solidão de uma casa, te fazer imaginar as coisas mais terríveis. Não dá pra parar? 
Derreto o cérebro sem precisar pensar muito. É a única fuga. Mas já fugiu de alguém ou de algo? Chega hora que cansa. E a gente já anda tão cansado, né? Se ele te encontra cansado é prato cheio. É como se fossemos ladrões sedentários contra policiais atléticos. Nós nos cansamos e deitamos. E ele chega intacto. Que fôlego tem o medo!
E daí que sentado, em pânico, esvazia o cérebro. No fundo ele te treina. E faz isso porque o mundo é isso aí mesmo. Ora se ama, ora se sofre, tem gente doente, tem probleminha todo dia, problemão de vez em quando, tem perda, tem ganhos, tem sofrimento, tem incerteza, tem dúvida, tem dor de cabeça, tem doença imaginária, tem sorriso, tem perigo, tem falta de ar, tem picos de encantamento. 
E é tipo tudo de uma vez. Me parece que há mesmo algo maior regendo tudo isso. É como se existisse um maestro e o medo fosse o tutor. É como se ele te preparasse para um concerto especial, do dia-a-dia. Creio que Machado de Assis, quando compara a vida à uma ópera foi um dos que mais se aproximou do que eu considero como uma metáfora perfeita. Mas saber se você é o músico ou o instrumento é questão de ponto de vista. Talvez funcionemos ora de um jeito, ora de outro. E há pausas. E o medo vem, te pega na mão e judia. Te faz ver onde errou, te faz reanalisar-se e buscar saída. Respiração 7 por 14, com calma. Desabafa. Transmuta o pensamento, o materialize em palavra. Descarregue que, ao estar na folha de papel, as coisas fazem mais sentido. Depois mostre para seus amigos. É bom.
O medo não é bom nem mal. Não é mocinho nem vilão. Ele é vital. 
Remédio amargo que vai te preparando. As vezes te tira a calma. Mas quero acreditar que é por um bem maior. A busca da paz interior. A calma que a gente tanto precisa. 
É um jeito de te fazer lembrar que de baixo de todas as camadas sociais que te cobrem, existe um frágil e lindo ser humano. 

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Sem título (acredita?)

Existe um lugar entre a zona de conforto e a zona. Esse lugar é vazio e frustrante. É quando nada te anima muito pra te tirar do sofá, ao mesmo tempo em que nada te garante a estabilidade de se poder ficar deitado. Nesse lugar o corpo dói, há desespero de se ter chegado a algum lugar e a certa loucura em não se saber se chegará a lugar algum. Nesse lugar, medianidade e mediocridade e hipocrisia e preguiça, dividem espaço com espasmos de rebeldia e raça. É como se o corpo quisesse se entregar e a mente quisesse se libertar, precisasse mais de cachaça. É um vagar sozinho, sem muitas esperanças e medos. Parece que tudo vai dar certo, mas parece que dar certo não é o bastante. Nesse lugar você não se preocupa se está feliz, se está comendo direito, se está dormindo bem ou com o quanto está bebendo. Nesse lugar você se fere ao fazer coisas que nunca imaginou que faria ou que poderia fazer. Se fere traindo ideais e ideias, traindo quem você pensa em ser ou pensava em parecer. Você segue meio desligado, e é perigoso, te alertam. É uma pré-depressão, uma mea-culpa intrínseca, um deixar-se sozinho enquanto rodeado, ou o contrário.
Nesse lugar, acredite, você pode repousar tranquilamente para acumular energias. A energia da preguiça, para depois destruí-la. A energia da dor, para curá-la. Palmas ao meu positivismo corajoso que da ar de medroso ao que escrevo. Depois me embelezo com meu melhor sorriso e minha melhor melodia, e o mundo aplaudirá a felicidade inesgotável daquele menino. ¡Qué Va! 

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Leads

Sim, claro que eu me lembro de sorrir as vezes. 

É divertido, garanto. É que a gente fica indo e indo. Queria ter mais tempo, pra não ter que sempre ir. Parar e deitar ou correr sem lugar, uns dias, só pra variar. Não ter que ficar olhando a estrada e a balança. Seus buracos, suas pedras e meus e-mails. E se tem lombadas, se é mão dupla ou se o sapato combina com o Chapéu. Se a velocidade está adequada e se estou infartando. Queria poder, lentamente, olhar pela janela e ver um astronauta na nuvem ou um buraco de cobra ou que fosse uma formiga carregando pedras, tanto faz. Por que não? No fim dessa estrada cheia de paradas e parábolas, pirambolas e prostitutas, está, acredite, o fim. 
Para que somos viciados em Prosperar? Mas isso pode esperar? Pode? Tenho inveja daqueles que abandonam aquilo que lhes dá segurança. Talvez eles estejam "piores", ganhem menos dinheiro. Mas eles vão e torram toda essa grana, toda essa gana. E eu ali, mentindo e criando inimigos, e brigando e ouvindo intrigas, e lutando contra monstros imunes, gente poderosa e burra. Nada mais poderoso que poder e burrice. É mais perigoso que poder e inteligência. É mais perigoso que poder e qualquer coisa. No fim a gente fica fingindo e todo mundo finge e é assim. Fico me mordendo pra ver o mundo, mas a dor do peso da responsabilidade cada vez maior imposta por ninguém além de mim, nada além das minhas escolhas, me trava. E daí que vou me doutrinando para ser mais paciente, sendo doutrinado para ser menos ansioso. 

Quando foi que meu frio na barriga virou uma Gastrite? Quando que aquela vontade de fazer tudo de uma vez me deu vertigem e falta de ar? 

Ar, penoso ar. Dificultado, pesado. Aperta o peito burro que sustenta essa máquina frágil. Ah, por que a gente não pensa e ponto? Por que sente? Tem dó! Sem som, o ruído é detectável por exames, oras. Tem estado bem e buscado o mal. Por que destruir-se? Não gosta da vida? Não entendeu o que ela representa? Pode ficar triste de vez em quando, mas daí ferir-se? Como ainda faz isso? Não percebeu que ao enfraquecer-se torna-se fraco? Não notou em nenhum minuto o quanto isso é burro? Sofre um monte, se irrita, faz parte. Mas é só. é A sua mania de ser novelístico. Busca Drama na vida e quer ser realístico no que cria. Nisso tudo se esquece que você não é, acredite, o centro do mundo. Não está em um palco sendo aplaudido. Nem estará quando estiver. "Divirta-me e vá embora. Pro inferno você e essas bobagens". 

Quando foi que aquela vontade boa de chegar aquele dia, aquela insônia boa onde de noite se pisca e acorda, pois sabe que amanhã é dia de Zoológico, virou uma pílula dentro de uma caixa controlada e sua faixa preta? 
Eu não sei. E eu sei que não sei. Daí que vem aquela vontade de ir se tornando cada dia mais jovem. Mas além de impossível, se corre o risco de ir se tornando ridículo. "Você não será bonito por muito mais tempo". 

E precisamos nos preocupar com isso? Com que se preocupar então? Pra que se pré com qualquer coisa se já ando tão ocupado?

E me policio e me policiam. E que droga! Que droga? E eu tentando me lembrar de sorrir, mesmo sem ser de propósito ou com propósito. Eu te garanto, mesmo sem ter muita certeza, que isso sempre pode, quando dá, fazer bem pra alguém. Não que isso importe tanto, ou que algo precise ser importante. Mas logo mais é pegar o canudo, jogar ele pro alto e ver se ele te puxa em direção à Lua. Há dias que a noite sorri pra mim e eu não sorrio de volta pra noite. 

E isso deve ser um problema. Afinal, quando a gente é adulto, tudo meio que é um problema, né?