quarta-feira, 22 de abril de 2009

Medo

Não tenho medo
O medo quase sempre é ilusão
Tenho um segredo
Que causa muito mais que comoção
Tenho um brinquedo
Que me dá muito mais que diversão
Mas é tão cedo
Pro medo continuar a dizer não

Não, não posso lutar
Me sinto bem nessa situação
Pois se eu me machucar
A minha fé se torna falsa em vão

Tão bonito,
Um Deus derrotado que vence ao final
Sem ter medo
Mas nem dessa forma parece vital

Eu troco rumos, eu troco as palavras
Mas o mundo continua igual
Tranco os fundos, ligo a luz da sala
Mas meu medo parece normal

Num palco negro
Vivemos nossa invenção
Pra não ter medo
Sou personagem, criação
Sou pensamento
Forte em sua interpretação
E a noite o medo
Me faz sorrir de solidão

Ah... Pra que lamentar
Se é tão sozinho quanto escolheu
Um ser melhor existe em todo lugar
Parto sozinho pra ganhar o que é meu

Somos ilhas
Em lugares sujos, vazios, sem mar
Retrucando sedentos
Encontrando algo pra querer lutar

Eu troco rumos, eu troco as palavras
Mas o mundo continua igual
Tranco os fundos, ligo a luz da sala
Mas meu medo parece normal

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