sábado, 11 de julho de 2009

Meu trabalho

A criança olhou para o alto e me viu. Descomplicada abriu os braços e sorriu. Gastaram-se uns poucos segundos num longo abraço e a criança desceu. Sorrindo saiu correndo pelo gramado até chegar no local de onde viera correndo para abraçar-me. Sempre que posso guardo momentos assim. A cada nova chegada de hóspedes aqui no Hotel, recebo uma nova família de presente. Não que alguma possa substituir a minha, nunca. Porém, enquanto a falta que sinto dos que me criaram e a quem amo me esburaca, conheço outras tantas pessoas pelas minhas viagens, e aos poucos vou sendo um pouco de cada nova pessoa. Acredito realmente que as pessoas que passam pela vida do Tio Paçoca, não sabem o quanto ele não se sente nunca um profissional. Nunca mesmo! Porém é bom dizer o quão profissional se precisa ser para ter seriedade nesse ramo. E tenho muita, mas sempre sorrindo (DE VERDADE).
A cada pessoa que me marca, a cada nova brincadeira, a cada novo sorriso, me sinto completo. E acreditem, já me aconselharam a abandonar isso... Mas, por Deus! Não entendem que não faço isso só pela grana? Faz tempo que entendi que essa coisa de dinheiro é secundária. Me deixa brincar mais enquanto não preciso tanto ser adulto! Não fugirei da minha responsabilidade, mas quero mais famílias, mais reencontros, mais abraços sem sentido, mais disso que tanto bem me faz. Não é poesia, não é crônica. Chame do que quiser!

Obrigado!

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