terça-feira, 1 de setembro de 2009

Meta

Não escrevo para os críticos de literatura
E nem aos resenhistas frutrados de internet
Nem escrevo aos alunos universitários ultra críticos
E nem aos oficineiros que ensinam a literatura moderna
E nem aos que seguem a métrica
Aos que posam de inteligentes, cultos
Muito menos a elite pensante, proprietária dos meios
Nem escrevo para o não escolarizado tapado
Nem para o analfabeto funcional
Nem ao que se utiliza da liguagem padrão
E nem ao raso caipira carpintador
Não me preocupo aqui em escrever sendo político
Nem diplomático, com eufemismos
E principalmente, não escrevo para os meus familiares
Amigos que acham tudo lindo, namoradas
Não escrevo pra ficar rico, comprar mansões, carros
Nem escrevo para parecer mais inteligente
Muito menos para usar de artifício em conquistas
Não escrevo pra mim
Não escrevo pra ninguém
Eu sento na cadeira, pego meu caderno (ou teclado)
Escrevo o que me der na telha por motivo nenhum
O depois é depois...
Que cada um faça do texto o que lhe convém.

4 comentários:

  1. Porra, Lelê!!! Fenomenal!!

    Vc é incrível, moleque!


    bjs,

    Renata-Itinen ( unisa)

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  2. Cara,é isso ae,valeu,precisava ler algo assim mas de quem eu conhecesse para tomar a iniciativa de fazer um blogspot e colocar uns textos,tava encucado até agora com isso sobre fazer ou não,preocupado com o que achariam dos textos ou de mim,e depois pensei,foda-se,num vou fazer nada,vão me enxer com críticas,inclusive estava escrevendo um texto agora mesmo pensando sobre como seria "chato" se alguem o desvalorizasse quando colocado no blog.Valeu cara,me convenceu a fazer um agora hahahaha
    Ah,bom textos viu?! Parabéns brow
    abraços
    Hector o Anônimo hahaahahaha

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  3. "Que cada um faça do texto o que lhe convém."

    Eis a graça de escrever!!!

    Muito bom, como sempre!!

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