terça-feira, 5 de setembro de 2017

Calvário Pagão

Enquanto o mundo assiste

O passado renascendo

Vou criando paraísos imaginários

Dos quais insisto e acredito, me reacendo

Me atrevo a continuar entre vários

Aprendendo a reconhecer no rival um irmão

Como num calvário pagão

Do qual caminho ajoelhado

Em meu íntimo e particular coração

Por fora não: entrego-me de bandeja

Aos que acredito e aos que me enganam

Me engano com essências, mas não me encolho

Escolho sempre ideologias amplas

Não sou de ignorâncias confortáveis 

Não sou de mentiras afáveis

Sou de confusões construtivas 

E de o amor destruindo e reconstruindo 

Mas faço tudo de um jeito tão doído

Entre clonazepans e risotrils

Pensam ser spam meu modo hostil

E de tanto que escrevo e compartilho e repasso

Me enlouqueço num sutil recomeço

vou entre Marias, Joanas, palheiros

Entre esperanças, dores, dinheiros

Me perco entre peças e peço outro preço

E outra pausa, outra pessoa... é assim! 


Se eu preciso mesmo de algo

Esse algo podia gostar mais de mim





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