E se toda força fosse farsa?
E se toda a verdade fosse inútil?
E se toda canção dissonante?
Se tudo isso fosse carma?
E se não fosse necessária a calma?
E se não tivéssemos opções?
E se não tivéssemos alma?
Se na vida não fossem importantes orações?
E se não houvesse rima pobre?
E se toda palavra fosse rica?
E se falar bonito fosse brega?
Se falar sobre filosofia não fosse piega?
E se arrancássemos nossas máscaras?
E se Carnaval fosse a vida toda?
E se dinheiro não fosse tudo?
Se o jogo da vida não fosse desse mundo?
E se o dólar subisse de novo?
E se os empregos sumissem outra vez?
E se o governo roubasse ainda mais?
Se ninguém se importasse com vocês?
E se o Papa usasse drogas?
E se a bondade usasse cores escuras?
E se o Diabo fosse Buda?
Se as religiões fossem as ruas?
E se o fim fosse o fim mesmo?
E se fechar os olhos fosse eterno?
E se aquele for o último terno?
Se acabar fosse só aquele instante?
E se as coisas não fossem misteriosas?
E se tivéssemos todas as respostas?
E se tivéssemos todas as perguntas?
Se a vida de ninguém fosse torta?
E se não fosse necessário trancar a porta?
E se embaixo do cobertor fosse lugar seguro?
E se fechar os olhos nos tornasse invisíveis?
Se as crianças estivessem todas certas?
E se a luz de um dia te mostrasse as janelas abertas?
E se a noite iluminasse?
E se a pedra fosse poesia?
Se a pétala quebrasse rochas?
E se o fogo só fosse bonito?
E se água só fizesse bem?
E se pneu molhado não trouxesse mosquito?
Se ninguém fosse maltratado por ninguém?
E se gente pobre não fosse doente?
E se gay não fosse doente?
E se quem fala diferente não fosse doente?
Se a doença não fosse o medo burguês?
E se a Tv fosse confiável?
E se os blogs fossem honestos?
E se as pessoas todas fossem imparciais?
Se falar mentira fosse igual falar verdade?
E se virtude fosse honestidade?
E se tudo isso não fosse por interesse?
E se ninguém mais fosse tão burro?
Se a burrice fosse raridade de uns poucos?
E se toda força fosse farsa.
Eu saberia escrever em rima rica.
Eu me esforçaria em ser poeta.
Tentaria arrancar mais poesia do dia.
Mas aí vem as dúvidas.
E deixam o trabalho divertido.
E eu pontuo cada verso.
Procuro na interrogação um amigo.
E no ponto final um bandido.
E a esperança no inverso.
E se toda força fosse farsa.
ResponderExcluirEu saberia escrever em rima rica.
Eu me esforçaria em ser poeta.
Tentaria arrancar mais poesia do dia.
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