Desequilibram o mundo, vossos senhores de fogo. Aquelas criações artísticas queimam, em poucas palavras, nossa utópica calmaria. Entra em nossa casa e nos amaldiçoa com a repetição fúnebre, o desgosto estético e o caráter medíocre da informação. Além disso, pensa por nós o quarto poder. O cérebro, ao qual não tenho mais controle, tenta assimilar as novas tendências tão bem elaboradas por quem pensa, ora, nesse país. E o que se entende é o que se emite, nós da prole, seja qual for esse entendimento. Reproduz-se em ônibus e padarias desse mundo, trechos e textos sem contextos. Vai assassinar, criar assassinos, quem vos conto, trazer a hipnótica diversão. Aquela que derrama sangue, lágrimas, sonhos.
O circo da vida está armado e vós, palhaços desconexos e descontentes, sois a principal atração. Você, analfabeto funcional, ou todos nós, órfãos midiáticos, somos a soma sombria, de fato(s). Fomos adotados pela "comoção ao vivo da verdade informativa", e agora, com nossos modernos aparelhos celulares , somos nós que batemos a fotografia que tanto ansiávamos da fúnebre heroína. Não descansam nossos mortos e ao lado de seus caixões, choram desconhecidos.
Mas pelo que choram? Pela sociedade? Ou como choramos nós, ao final de um belo filme, cuja última cena é o tiro fatal que mata o protagonista?
Eu não sei mais dizer, assim como vós, o que é real.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Centavos
Os centavos de hoje serão a gorjeta de amanhã...
Os centavos de hoje serão a esmola de sempre...
Os centavos de hoje serão o que sempre foram...
A parte do todo que tanto te consome...
Por mais uma conta não paga...
Tens o que comer...
Tens a saúde...
Portanto, chega disso!
Os centavos de hoje serão a esmola de sempre...
Os centavos de hoje serão o que sempre foram...
A parte do todo que tanto te consome...
Por mais uma conta não paga...
Tens o que comer...
Tens a saúde...
Portanto, chega disso!
O nada em que se encontram eu e minhas coisas
Queria dizer que as coisas tão indo bem. Sobre a forma tratada por todo tipo de gente, me encontro sim em um momento de pureza e limpeza da alma. A glória suprema da luta infinita. Mas minha ansiedade me faz desmentir toda essa baboseira. Chega de me enganarem com as promessas de que um dia tudo vai ser bom. Serei assim, e nada vai evoluir. As coisas que dizem ser aprendizados não passam de formas prá não me fazer desistir de nada. Daqui em diante não vou procurar mais perfeição em nada. O que me derem vai ser bom, o que conseguir, o bastante. Não nasci pra ter muito mais que isso não. Sou aquilo que tenho que ser, a mediocridade em forma de um rapaz que acredita de verdade que ainda vai ser alguém na vida. Olhe em sua volta meu menino, e me diga se vê alguém vencendo, além daqueles que nasceram vencedores, no verdadeiro sentido que essa palavra tem, sempre teve e sempre terá. De acordo com as novas tendências financeiras, aqueles que tem o poder tem a chance de fazer todo tipo de cagada possível, enquanto você que acerta, irá literalmente se fuder. Achará tudo lindo e acordará com a verdade inscrita na face suja. O sonho vai ser só isso, e nada mais vai ser verdadeiro. A mediocridade partiu de ti, procurou e aceitou isso o tempo todo.
Por que a luta? Pra que tudo isso?
Portanto vou tentar ser feliz. Me divertir de maneiras diferentes e ir me consumindo aos poucos. Pra ver se assim consigo ter a felicidade que tu tens. Que todos que assim fazem tem. Chega dessa histórinha de menino lutador, de gente que não desiste. A vida ainda não te ensinou quem manda?
A prole é prole. Não existe subida nessa escada. Surgiste assim, aproveite o que tens. Não falo de grana, falo de não ter mais o que amar e me amarrar a qualquer coisa. Falo de auto destruição sem nem ao menos tocar num mero tóxico. E nem em alucinógenos. E em nada que todos me mandam tocar, fingir, fugir. Andando no limiar entre o fundo do poço e a poça de espinhos, me sinto na lama. Querendo provar, provar do que tenho, e ouvindo, "você é um artista". Ou seja, "nasceste para se fuder meu querido! Tem utopias demais, tem sonhos demais, acredita demais nos outros, acredita que existe amor, felicidade, essas doidices... Por isso riem de você, te usam como brinquedo, te jogam no lixo todo dia!"
Não sejemos extremistas, não é verdade?
Não seremos nem ao mesmo a metade do que queremos, e isso se quisermos pouco?
Eu queria te dizer uma vez na vida o que sinto. Queria mesmo me acabar em mais uma noite, em luais ao pé do mar falando mentiras e contando devaneios. Queria ser o artista que dizem pra fingir a dor que deveras sinto, parafraseando alguém aí.
Me abri para o mundo, e ele me mostrou o que acontece com essa raça sentimental e escrota.
Me abri com as pessoas, me chamaram pra sair como isso era a moda, e depois me jogaram fora: a moda era outra.
Você não é mais aquilo, nem é mais nada.
É aquilo que nunca foi com um pouco do que sonhou.
Essas idiotices de quem ama...
Por que a luta? Pra que tudo isso?
Portanto vou tentar ser feliz. Me divertir de maneiras diferentes e ir me consumindo aos poucos. Pra ver se assim consigo ter a felicidade que tu tens. Que todos que assim fazem tem. Chega dessa histórinha de menino lutador, de gente que não desiste. A vida ainda não te ensinou quem manda?
A prole é prole. Não existe subida nessa escada. Surgiste assim, aproveite o que tens. Não falo de grana, falo de não ter mais o que amar e me amarrar a qualquer coisa. Falo de auto destruição sem nem ao menos tocar num mero tóxico. E nem em alucinógenos. E em nada que todos me mandam tocar, fingir, fugir. Andando no limiar entre o fundo do poço e a poça de espinhos, me sinto na lama. Querendo provar, provar do que tenho, e ouvindo, "você é um artista". Ou seja, "nasceste para se fuder meu querido! Tem utopias demais, tem sonhos demais, acredita demais nos outros, acredita que existe amor, felicidade, essas doidices... Por isso riem de você, te usam como brinquedo, te jogam no lixo todo dia!"
Não sejemos extremistas, não é verdade?
Não seremos nem ao mesmo a metade do que queremos, e isso se quisermos pouco?
Eu queria te dizer uma vez na vida o que sinto. Queria mesmo me acabar em mais uma noite, em luais ao pé do mar falando mentiras e contando devaneios. Queria ser o artista que dizem pra fingir a dor que deveras sinto, parafraseando alguém aí.
Me abri para o mundo, e ele me mostrou o que acontece com essa raça sentimental e escrota.
Me abri com as pessoas, me chamaram pra sair como isso era a moda, e depois me jogaram fora: a moda era outra.
Você não é mais aquilo, nem é mais nada.
É aquilo que nunca foi com um pouco do que sonhou.
Essas idiotices de quem ama...
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